26 maio 2010

DIA 23 DE MAIO DE 2010

Antes de tudo, dou aqui por integralmente reproduzido o primeiro parágrafo do "desencontro" elaborado pelo companheiro Tino, a quem mais uma vez agradeço a sua pronta e imediata disponibilidade nestas lides da escrita, o que contrasta com a sua autodenominação de "dorminhoco" !

Compareceram em Miramar nove cicloturistas e para que não haja dúvidas : os companheiros BU, Fernando, Lady, Vice, Mano Bravo, Fernando Progado, António e escriba desta crónica, e ainda o amigo Wagner.

Pelas 09.15 horas, depois de algum "barulho" do Vice pelo incumprimento na hora combinada para o "arrancar" (09.00 horas), nomeadamente, da minha pessoa, que compareci pelas 09.10 (no meu relógio), avançaram sete companheiros, ficando ainda o António (creio que a atestar os pneus da bike) e o amigo Wagner, aguardando pelo Natas que tinha confirmado a sua comparência.

O grupo dos sete companheiros iniciaram as primeiras pedaladas em ritmo de passeio, dando até para colocar alguma conversa em dia, em direcção a Sul, até porque aguardavam a todo o instante pela "colagem" dos confirmados António, Natas e Wagner, os quais pedalam, como é do conhecimento geral, em ritmos "TGV".

Tomaram a dianteira o Fernando e o Mano Bravo e o grupo foi avançando, já num andamento mais "vivo", mas, decerto, nada comparável com o pedalar dos companheiros "atrasados".

Após a passagem por Silvalde, o escriba desta crónica, em contacto de telemóvel com o Natas, confirmou que os companheiros "atrasados" já estavam a pedalar "em bom ritmo" e, por outro lado, passou a informação que o destino seria Estarreja, pela EN109, com regresso pela Murtosa e Furadouro.

A verdade é que o grupo - agora de seis companheiros, dado que o Fernando Progado resolveu tomar outro rumo - foi mantendo um ritmo regular, na ordem dos 28/30 kms/hora, chegando a Estarreja, sem que os companheiros "atrasados" dessem conta de si. Nesta altura, através de novo contacto de telemóvel com o Natas, confirmou-se que o grupo da "rectaguarda" tinha optado pelo trajecto "ao contrário" do levado pelo grupo mais adiantado, ou seja tomaram a direcção do Furadouro, passando pela Ponte da Varela, até Estarreja, e que, aliás, naquele momento, já haviam passado.

Perante este "desencontro" logo ficou combinado que faríamos a junção dos dois grupos à entrada da Mata de Ovar, quer com o Natas, quer com o Roger em contacto com o Vice.

O grupo dos seis companheiros manteve o seu ritmo de pedalada, até porque o BU sentia as pernas "pesadas" e, em alguns momentos, chegou a lançar os seus famosos impropérios : nem no Paris-Roubaix !

Depois de "sairmos" de Estarreja, e tomada a direcção da Murtosa, com alguns "enganos" no GPS do Fernando e do Mano Bravo, chegamos à Ponte da Varela e viramos à direita para a Rotunda do Furadouro. Aqui chegados, e até numa pedalada quáse de passeio, entramos na Mata de Ovar, onde a maioria dos companheiros aproveitou para "regar" algumas ervas e o escriba desta crónica manteve - pela terceira vez - novo contacto de telemóvel com o Natas, tendo obtido a informação que já estavam para lá do aerodromo e que iriam reduzir o ritmo para se obter a junção de ambos os grupos.

Mas, a verdade é que percorremos toda a Mata de Ovar - agora na condição de perseguidores do grupo mais "dorminhoco" - entrámos na EN109, e chegámos a Miramar sem ver sequer a poeira levantada pelos pneus das bikes dos companheiros que, entretanto, se tornaram mais "aflitos" que os alegadamente iniciais "aflitos"... E, da leitura que se extrai da crónica do companheiro Tino, tudo leva a crer que até estavam mais preocupados em "descarregar" passageiros do "TGV"... que promover a junção dos dois grupos.

Chegámos a Miramar com cerca de 90 kms percorridos, sem nada de significativo a registar, a não ser que fizemos um treino agradável, em ritmos próprios de quem gosta de "andar de bike" e sem necessidade de "descarregar" companheiros "menos preparados".

Como figura do treino e sem quaisquer influência ou pressão, destaco a Lady pela sua boa disposição durante todo o treino e os seus "alertas" para os variados "cheiros" que fomos "apanhando" ao longo dos quilómetros, principalmente na Mata de Ovar. Com efeito, num momento de esforço fisico, ficar mais atento ao sentido do olfacto é uma óptima maneira de superar uma eventual fadiga.

Terminada a crónica, aproveito este espaço - ao invés de elaborar comentários - para esclarecer e contrariar em toda a linha a "ideia" que transmite as "conclusões" da crónica do "desencontrado" companheiro Tino :

1 - Desde sempre o Grupo "Giro do Mar" teve uma "hora de saída". Mas, como GRUPO que somos, nunca foi instituido o lema "quem está, está, quem não está, estivesse". Mas, nesta altura da época, como a pretensão de todos é fazer quilómetros e, se possivel, aumentar gradualmente as distâncias, é conveniente para TODOS sairmos o mais cedo possível aos Domingos de manhã.

2 - No Domingo passado, e pelo que respeita a este escriba, não foi o "barulho" do Vice que provocou a partida antecipada dos sete companheiros. Nem existia qualquer espirito de "aflição", bem pelo contrário. Mas o facto de ser o companheiro António e o amigo Wagner a aguardar pelo Natas, levou-me a considerar - e creio que aos restantes companheiros - que nem que o "trio" saisse mais tarde 15/20 minutos, a junção far-se-ia com toda a certeza num "abrir e fechar de olhos", se tomassem a mesma direcção, obviamente.

3 - E, para que o destino tomado pelos dois grupos fosse o mesmo, o escriba desta crónica teve o cuidado de contactar préviamente o Natas indicando-lhe o percurso delineado.

4 - Daí não se entender de todo a afirmação do companheiro Tino na sua crónica, de que : "... não foi conseguida a desejável junção, e, mais estranho, chegou a Miramar antes do primeiro grupo...". Ora, de "desejável" pouco teve o comportamento dos "dorminhocos", mesmo considerando o tal "desencontro" de percursos, pois houve a possibilidade da junção quando ambos os grupos entraram na Mata de Ovar, sendo certo e óbvio que quem chegasse primeiro áquele local, teria de esperar pelos restantes. Como o grupo dos companheiros "atrasados" - que, afinal até não eram os supostamente três, mas sete - ficaram, nesta altura, mais "aflitos" que os inicialmente alegados "aflitos", não é de estranhar que chegassem a Miramar antes do grupo supostamente mais "activo".

5 - Igualmente incompreensivel se torna a comparação de uma "saida" ao Domingo com a CLÁSSICA do NOSSO "GIRO DO MAR", fazendo previsões de situações que, claramente, nunca aconteceram, nem poderão ocorrer, tendo em conta até o espirito do evento e do destino.

6 - Por último, no grupo do "Giro do Mar" não existe "nova realidade", nem "tudo é legitimo" e nem "tudo é aceitável". No NOSSO grupo apenas existe uma paixão que une todos os companheiros e amigos, que são as BIKES e, por via desse sentimento, existe amizade e companheirismo. É verdade que todos conhecemos "caminhos", mas se pudermos partilhá-los com companheiros e amigos (sem o intuito de os "descarregar"), creio que será mais agradável de os percorrer. Escrevo por experiência própria !

Posto isto,

ATÉ DOMINGO, pelas 08.45 horas, em Miramar, para todos os companheiros terem tempo de "atestar pneus" e "tomar o cafezinho do BU", ficando a SAIDA marcada para as 09.00 horas.

SAUDAÇÕES CICLOTURISTAS !

24 maio 2010

23 DE MAIO - O DESENCONTRO

Manhã de domingo com sol e vento fraco a convidar a uma agradável volta em grupo.

Agora é oficial, o GIRO DO MAR dividiu-se em dois sub-grupos.

Um, o mais activo, saiu cerca das 09H15. A maior surpresa até foi a falta do café do Bu, mas enfim, é uma questão de hábito... O primeiro grupo saiu e deixou o António a calçar os sapatos!!!... A vontade devia de ser mais que muita!

O outro, o mais dorminhoco, saiu cerca das 09H35, com sete elementos, o Natálio, o António, o Roger, o Tino e os amigos Zé Maria, Zé Costa e o Wagner.

Após alguma espera (10 minutos) pelo Amigo Zé Costa, lá saiu o segundo grupo em direcção ao Furadouro/Ponte Varela/Estarreja, em perseguição dos "aflitos".
Apesar da excelente média realizada, não foi conseguida a desejável junção, e, mais estranho, chegou a Miramar antes do primeiro grupo. Enfim, com mais quilómetros realizados (cerca de 95 a uma média de 32,5 Km/h), ainda conseguiram o feito de chegar mais cedo... Só foi pena terem descarregado o Zé Costa e o Zé Maria, mas enfim, infelizmente já se torna hábito (falta saber até quando estes amigos/convidados vão continuar a aparecer)!!!

Elementos em destaque: O Natálio, sempre disponível para puxar. Um poço de energia, que só falha por não conseguir olhar para trás. E o Roger, que mais colaborou activamente com o Natálio a rebocar o grupo. Mas todos estiveram de parabéns, quer pela ajuda dada (António, Wagner), quer pelo espírito de sacrifício por todos demonstrado.

Agora as conclusões:

1º - Finalmente o Grupo decidiu ter e fazer cumprir horários. Vem de encontro às minhas pretensões, que não sendo exemplo para ninguém, até saí algumas vezes em solitário, farto das esperas e do não cumprimento dos horários (quantas vezes não foi cerca de 1/2 hora, já encharcado). Mas arranquei sempre em solitário, sem nunca tentar dividir o grupo, mas, em boa verdade, também nunca ninguém me quis acompanhar. Compreensível, primeiro está o Grupo e só depois os interesses (horários) particulares. Pelo menos até agora...

2º - Perante esta nova realidade, estou curioso em saber como irá decorrer a agendada volta a Fátima - Sairão todos ao mesmo tempo? Pararão todos na Figueira? Esperarão pelo menos preparados? Chegarão em conjunto? Chegarão todos?
A partir de agora tudo é legítimo, tudo é aceitável!

Perante esta nova realidade, e embora sempre ansioso pelas voltas em grupo, como alguém me disse recentemente, o que mais conheço são caminhos... e vontade também não me falta! Sejam quais forem as condições atmosféricas.

Em relação ao resumo da volta do primeiro grupo, aguardemos pelo relato do Presidente/Vice Presidente.

Abraço

19 maio 2010

DIA 16 DE MAIO - ROTA DE CANEDO...

A pedido do nosso Presidente, aqui vai o resumo da nossa volta.

Nada de especial, andamento único, FOI SEMPRE A ABRIR!!!. Depois da "separação", seguimos pela Feira, "dezassete", Lobão, Canedo, barragem, marginal e breve paragem no Freixo para despachar a família Maia!
Infelizmente, não bastando o Amigo Zé Costa, ainda se "perdeu" mais um elemento pelo caminho, o Amigo Zé Maria, o que é sempre de lamentar. Ma não o fizeram por mal, a verdade é que eles tem muita dificuldade em olhar para trás!... Vá lá que, do mal o menos, ficou muito perto de casa.

Pudera, com um andamento daqueles!!! Os tipos tem o Diabo no corpo!!!
Há que o dizer frontalmente - Aqueles tipos estão uns animais (para não dizer bestas) a pedalar.

Aqui o vosso escriva, farto de aturar o Mano Bravo e o seu empeno, já proximo do Freixo ficou a ajudar o Maia a rebocar a Lady (ai, ai, no que te estás a meter!!!). Não estando ainda satisfeito, aproveitou a paragem no Freixo para se por ao "fresco" e ninguém mais o viu.
Mas tinha as suas razões, já era tarde e, ainda não satisfeito, resolveu ir embora pela Calçada das Freiras. E também estava convicto que a rapaziada já não aguentava a subida e evitou ter de os sujeitar à vergonha. Ainda por cima não fazendo parte do grupo das "quartas-feiras" e já não andar de bike há 15 dias, seria muito forte o vexame. É mentira, teve foi medo de ter de ir no passinho deles e só almoçar às três da tarde...
Enfim, mais uma volta sem nada de especial, nada de novo, a pasmaceira do costume.

Malta, agora a sério. Vamos lá a começar a pedalar com mais vontade e empenho que Fátima está a cerca de um mês. E pelo que vejo, alguns ou se aplicam mais ou vão ter muita dificuldade em lá chegar em boas condições...
E não me refiro ao BU, que esse está para as curvas (e subidas), só não foi neste grupo porque alguns (receosos) começaram a melgar-lhe os ouvidos e ele foi na conversa...

Abraço para todos e até domingo, que felizmente já falta pouco.

17 maio 2010

DIA 16 DE MAIO DE 2010 - ROTA DA PONTE DA VARELA

Nesta manhã de Domingo soalheiro, mas com a presença de vento (ainda fraco) de Norte, reuniram-se em Miramar, catorze cicloturistas, sendo treze companheiros do "Giro do Mar" e o amigo Zé Costa.

Depois dos cumprimentos e abraços, bem como tomado o café oferecido pelo BU (para quem merece!), lá arrancamos de Miramar ainda sem destino bem definido, mas virando em direcção a Sul.

O grupo foi rolando, logo de inicio, numa cadência agradável (com uma ajudinha do vento de Norte) e aproveitando alguns companheiros para colocar as novidades em dia.

Apesar da presença de companheiros mais rodados e até de uns quantos ansiosos de "aquecer", depois de uma aventura enregerada entre Bragança e o Porto que tiveram a meio da semana, o grupo dos catorze cicloturistas foi-se mantendo unido e num bom ritmo de pedalada.

Depois da passagem por Esmoriz, abandonámos a EN109, virando à direita, tomando o caminho da Mata em direcção ao Furadouro.

Ao terminar o caminho da Mata, colocou-se a hipótese de dois percursos de treino : um, em direcção à Feira, subindo até Canedo, para descer até à Barragem de Crestuma, seguindo até ao Freixo, local onde seguiriram para a Areosa três companheiros da familia Maia (Pai, Mãe e Filho), regressando a Miramar os restantes, pela marginal e cais de Gaia ; outro, em direcção à Torreira (Ponte da Varela), com regresso pela mesma estrada, tomando a direcção da Feira, cortando pelo Europarque e regressando a Miramar pela EN109.

Para a primeira das alternativas seguiram (inicialmente) nove cicloturistas e pela segunda optaram cinco companheiros do "Giro do Mar".

Como o escriba desta crónica inseriu o grupo da segunda alternativa de treino, apenas farei referência às incidências deste percurso. Contudo, relativamente ao resumo da primeira hipótese de percurso, a respectiva crónica ficará a cargo do companheiro Tino, o qual inseriu o grupo e também colabora nestas lides da escrita.

Assim, voltando ao grupo que tomou a direcção da Torreira, depois da rotunda do Furadouro, para mantermos uma cadência certa, rolamos em fila indiana, passando pela frente do grupo, alternadamente, o escriba desta crónica e o nosso Vice, já que os restantes companheiros mantiveram-se na rectaguarda.


Depois de "dar a volta" em frente à Ponte da Varela e no regresso à rotunda do Furadouro, tivemos a companhia do amigo Zé Costa, que havia "abandonado" o grupo que seguira para os lados de Canedo, depois de, naturalmente, ter obtido a devida "autorização" do seu "mentor" - o Natas.


Conforme referiu o amigo Zé Costa, no percurso entre Ovar e o inicio da subida para a Feira, tirou logo as medidas aos andamentos de que ia ficar sujeito. De modo que, antes que lhe desiquilibrasse a "cambota", fez inversão de marcha e veio ao encontro de andamentos mais "cicloturisticos".


E, em boa hora o decidiu, pois ainda colaborou na frente do seu "novo" grupo, já que o vento soprava bem mais forte e de frente, quando apenas se mantinha a rotatividade do escriba desta crónica e do Vice, na frente do pequeno grupo.


No regresso à rotunda do Furadouro, tomamos a direcção da Feira, regressando a Miramar, pela estrada do Europarque e posteriormente pela EN109. O grupo foi colaborando no sentido de não ficar nenhum elemento para trás, dado que um dos companheiros menos rodados, depois de Esmoriz, começou a sentir a aproximação do "diabo da marreta".

Chegamos a Miramar com cerca de 80 kms percorridos e com algum desgaste acrescido pelo forte vento que "apanhamos" de frente, principalmente desde a Torreira.


Como figuras do treino, poderei destacar o BU, tal como tem sucedido nos últimos encontros, demonstrou estar em boa forma, aplicando os seus demolidores sprintes em pontos estratégicos. Igualmente saliento a presença do companheiro Fernando (Progado), que há muito se mantinha afastado do "Giro do Mar", sendo certo que mantemos a "porta" aberta para quem vier por bem !

Durante esta semana, todos os companheiros do "Giro do Mar" receberão um SMS com a indicação da data para a realização da "XII CLÁSSICA MIRAMAR-FÁTIMA". Desde já, agradeço a oportuna confirmação da presença neste tradicional evento, no sentido de facilitar as demarches necessárias a levar a cabo pela Direcção.

Até Domingo, pelas 09.oo horas, em Miramar.

SAUDAÇÕES CICLOTURISTAS !

07 maio 2010

SRP160 - ULTRAMARATONA BTT - 17ABR2010 (ROGER)

O meu amigo Rafael André, foi-me aliciando, desde Novembro de 2009, para participarmos na “ULTRAMARATONA BTT - SRP160/2010".

Apesar de não estar preparado para pedalar mais de oito horas em cima de uma BTT, pois nunca o tinha feito, não resisti a mais uma aventura e lá me inscrevi.

Este ano, fui intensificando uns treinos de BTT, tendo feito pela primeira vez mais de quatro horas com este tipo de bicicleta no “Passeio a Fátima”.

Apesar da aventura e o desconhecido não me assustarem, o meu único objectivo era terminar a Maratona. Confesso que na véspera da prova já sentia algum arrependimento por tamanha loucura, isto porque há quase uma semana que não dormia direito e pouco descansava, por motivos profissionais, acrescido ao facto de não parar de chover pelo que os campos estavam completamente alagados. Pedalar tantos quilómetros nestas condições, só mesmo para malucos. Eu seria um deles.

Saímos do Porto no dia anterior, ao final da tarde, chegando a Serpa pelas 23H00. Depois de levantados os “dorsais”, dirigimo-nos para o Hotel, sempre acompanhados da chuva.

Chegado ao hotel e ao preparar o material para a prova, tive a primeira contrariedade, só tinha uma câmara-de-ar e estava sem bomba. Esta “falta” podia ser um pretexto para desistir, mas como já tinha dito a meio mundo que ia fazer o “SRP160”, o orgulho não me permitiu que desistisse. E lá fui eu.

Sai do hotel pelas 6H30 e para não variar, persistia a chuva. Mas ainda antes da partida, marcada para as 8H00, o tempo começou a melhorar, o que aumentou o ânimo geral.


Momentos que precederam a partida

A partida foi dada às 08H00 em ponto, sendo cerca de 300 os malucos que alí se encontravam.Os primeiros quilómetros do percurso foram em asfalto, ideal para aquecer os músculos e ver os mais rápidos posicionarem-se na frente.

O pelotão nas pedaladas iniciais

Mas mal entrámos nos trilhos em terra, apercebemo-nos que, apesar do acumulado desta prova não ser muito alto, iríamos ter muita dureza pela frente. Os pneus colavam-se ao solo, era lama, lama e mais lama. Mesmo em plano tínhamos que fazer uma força constante. A bicicleta não embalava (palavras de Vítor Gamito, que viria a ser o primeiro a cortar a meta). A juntar a isto, os inúmeros riachos tinham-se transformado em ribeiros. Alguns deles com água, lamacenta, que nos chegava à cintura.

Quando não era a água eram as poças de lama, que se agarrava à corrente, aos travões, enfim….. Em algumas delas as rodas ficavam enterradas e os sapatos desapareciam.

Recordo-me que tentei passar um riacho com cerca de 1,5 metros montado na bicicleta, mas a roda da frente ficou enterrada até ao guiador, tinha mais de um metro de profundidade. Isto até estava ser divertido, não fosse um furo na roda traseira ao quilómetro 17 e ficar sem a única câmara-de-ar suplente, o que poderia inviabilizar os meus objectivos de chegar ao fim.

Apesar do furo ser grandinho, lá guardei a câmara-de-ar (como faz o BU) não fosse preciso colocar um remendo ! Reparado o furo lá seguimos pelos trilhos, quer dizer, pela lama.
Na passagem por um single track



A aproximação de um dos recém formados "ribeiros"

Apesar da pouca altitude, o constante sobe e desce, a água e a lama, tornava a prova extremamente difícil, tendo apenas como antídoto ao cansaço as magnificas paisagens do profundo e imenso Alentejo, passando por locais de rara e incontornável beleza.

Gostei particularmente da passagem nas abandonadas minas de S. Domingos onde as cascatas originadas pelas recentes chuvas davam um aspecto de certa forma dantesco ao cenário, mais parecendo um cenário do filme MadMax... e ainda de uma escola primária plantada no cimo de um planalto onde em redor só se avistava a vegetação verde (mais pareciam campos de golfe).


Imagens marcantes do profundo Alentejo



Um single track bem enlameado

A passagem por mais um ribeiro

Um dos poucos "pontos secos" do percurso


Eu, a bike e o Alentejo


Em terrenos mais inclinados



Com todas estas dificuldades, acrescentando o vento que soprava e a chuva que recomeçou a cair por volta do meio dia, aliado ao facto do André também ter furado ao quilómetro 75 e o nosso saco que tinha uma câmara-de-ar de pressão máxima de 1.90, enquanto os nossos pneus eram de 2.0 !,

A hipótese de não aparecer na zona de abastecimento, como estava estipulado, levou-nos ao desespero, motivo que nos levou a “rebocar” um colega de profissão que rolava sozinho e que possuía aquilo que para nós era precioso: uma câmara-de-ar.

Deste modo, seguimos os três desde o quilómetro 90 até à meta, sem problemas de maior. Quer dizer, o conta-quilómetros do André deixou de funcionar, perdeu uma pastilha do travão da roda traseira da bike, o nosso camarada de ocasião ficou sem poder engrenar o prato pedaleiro mais pequeno e a minha suspensão resolveu bloquear. Mas lá fomos pedalando a bom ritmo até à meta.

Em pleno esforço num "ponto" mais inclinado


Quando não dá para pedalar, pega-se na bike

Momento de chegada à meta e objectivo cumprido

A entreajuda, a superação e a persistência dos desafios, fazem com que cresçamos mais um pouco como pessoas e como desportistas. Venha o próximo !

Foto do duo "campeão"

Foto do "trio" de Campeões
Números do SRP160: 148 kms - 8h10 – 2288 mts de subida acumulada. Velocidade média: 19,23km/h, Velocidade máxima: 73,88 km/h.
E o menos importante: Classificação oficial: 128º Lugar, com 09:08:46.

ROGER

03 maio 2010

DIA 2 DE MAIO DE 2010 - Epílogo

Inicio esta minha crónica com um bem haja ao companheiro Tino pela sua colaboração nestas lides que, de imediato e talvez para ocupar o tempo que medeou a sua deslocação ao Estádio do Dragão, para assistir ao "adiamento" da tão anunciada "festa de campeão" do seu clube, publicou neste nosso blog o resumo do "treino" desta manhã de Domingo, em que se comemorou o "Dia da Mãe".


Contudo, como na última frase da sua crónica, aliás, elaborada de forma invulgarmente douta, o companheiro Tino deixou a "porta" entreaberta para a minha eventual "entrada", nomeadamente no que respeita a "mais pormenores", aqui estou eu, apenas para, no meu entendimento, acrescentar uns "mini" aperçoamentos para a descrição em causa alcançar a marca de completa perfeição.


Assim, convém referir, que dos oito elementos presentes em Miramar, sete eram companheiros do "Giro do Mar" e o restante era o amigo Zé Costa. E, bem assim, que antes da partida, o BU, como é habitual, mimou os companheiros com um cafézinho.


Por outro lado, durante os cerca de 80 kms percorridos, também será de dizer, mais uma vez, que foram necessários os habituais resmunganços (de que alguns por vezes sentem falta) para o pequeno grupo de oito cicloturistas se manter junto. Com efeito, e sem me importar que alguns (muitos ou poucos...) estejam a pensar "lá está ele de novo a bater no ceguinho", e ainda sem querer comparar com o sucedido no passado domingo (dia 25 de Abril), mais uma vez os ritmos que teimaram em impor são tudo menos para cicloturistas. Eu não fui, não sou, nem pretendo ser ciclista. Apenas gosto de andar de bike, se possivel em grupo, conciliando o convivio. Se fosse minha intenção percorrer quilómetros com o intuito de obter médias que possam, quiça até ferir algumas susceptibilidades, então procuraria as provas organizadas pela UVP/FPC, que até são abertas a veteranos (que creio será o escalão apropriado à maioria, senão de todos, os companheiros do Giro do Mar). Aí sim, a competição é o objectivo único de todos os participantes. Mas, no "Giro do Mar", os objectivos sempre foram e pelo que me respeita serão sempre, o de partilhar o gosto pelas bikes com companheiros e amigos. Quanto muito, haverá a tal "competição saudável", que se manifesta neste ou naquele "ponto quente", provocando uns "ataques repentinos de tosse"... que impedem um ou outro, em determinado momento do percurso, acompanhar os restantes companheiros de ocasião, mas que com o companheirismo e sentido de grupo que impera no "Giro do Mar", a recolagem acontece de imediato, com o abrandar de ritmo dos mais adiantados. "Isto", para mim, é o verdadeiro grupo do "Giro do Mar". Os "números" referidos nas minhas crónicas, relativamente a distâncias percorridas e médias obtidas nos treinos, apenas têm como objectivo ficarem como "dados registados". Nada mais do que isso...


Posto isto, faltou ao companheiro Tino indicar de forma clara e inequivoca que o BU foi a figura do "treino", não só pelas "vitórias" referidas, mas também pelas perfomances demonstradas nas constantes recuperações que foi "obrigado" a fazer para se manter no grupo dos oito cicloturistas.


Pelo que me respeita e para que nunca restem dúvidas, o que mais desejo à Sexta-feira de cada semana, é que o tempo permita no Domingo seguinte reunir-me em Miramar com os companheiros do "Giro do Mar" para partilhar momentos de convivio e do gosto de andar de bike, mas sempre estarei "preso" aos meus ideais e à consciência dos meus limites. Nunca para provar ao companheiro A, X ou Z, que sou o melhor da minha rua e arredores !


Até Domingo, pelas 09.00 horas, e acompanhando os desejos do amigo Tino, "com um maior número de companheiros".


SAUDAÇÕES CICLOTURISTAS !

02 maio 2010

DIA 2 DE MAIO DE 2010

Mais um dia com óptimas condições para a prática do ciclismo em que compareceram em Miramar oito elementos (Bu, Armando, António, Manel, Natálio, Júlio, Tino e Zé Costa) dispostos a mais uma agradável jornada de ciclismo e convívio.
Foi uma volta um pouco mais curta que o habitual, com cerca de 80 Kms, tendo o percurso passado por Ovar, Furadouro, Ponte Varela e regresso pela Mata. O regresso foi algo penoso dado o forte vento que se fazia sentir, contrariado graças às excelentes prestações de todos, mas em especial do Natálio, Manel e Júlio, que permitiram acabar a volta com uma simpática média de perto de 30 Km/h. Neste particular, este vosso escriva nem um metrinho puxou!!!... Enfim, ninguém lhe pôs a vista em cima, não dava para mais.
A assinalar a grande vitória do BU no prémio da montanha disputado no alto de Anta. E ainda tentou o sprint final no Horto. É obra, digno de registo.
Para a semana há mais, esperemos que com um maior número de Companheiros.
Mais pormenores ficam a cargo do Presidente, mais à vontade nestas lides (na bike ainda está um pouco "preso").
Abraço

01 maio 2010

DIA 1 DE MAIO DE 2010

Como nisto das bicicletas uns são mais meticulosos e outros são mais afoitos e atrevidos, respondendo a um desafio lançado na passada quinta-feira, dia 29, dois companheiros do GIRO DO MAR (elementos mais ou menos ausentes) e um Amigo resolveram dar uma volta um pouco mais comprida e, se melhor o pensaram, ainda melhor o fizeram, e resolveram pedalar até Fátima.
Pelas 07H15 estavam de partida de Canelas o Tino, o Júlio e o amigo Justino e ás 14H15 (com três breves paragens no percurso, até porque pedalaram sem apoio automóvel) estavam a tirar a foto do grupo em Fátima.
Foram 200 Kms percorridos em cerca de 6H40, à bonita média ligeiramente superior a 30Km/h.
Felizmente nada de anormal aconteceu, só havendo a referir uns aguaceiros e um persistente vento de sul que resolveu acompanhá-los ao longo de todo o percurso. Tivesse sido ao contrário e a média teria sido bem mais agradável. Mas valeu a pena, pese embora o esforço tenha sido superior ao desejável, até porque eram apenas três a pedalar contra o vento...

Para a história fica a foto do grupo.

Foi tudo repentino e sem qualquer organização, apenas com uma enorme vontade, mas quem sabe será para repetir, de preferência com a presença de mais Companheiros do GIRO DO MAR.

Abraço