02 dezembro 2009

ALMOÇO DE NATAL-2009


O Almoço de Natal de 2009 do "Giro do Mar" terá lugar no próximo dia 19 do corrente mês de Dezembro (Sábado).

Solicita-se a todos os Companheiros do "Giro do Mar" que desejam e possam comparecer neste momento de confraternização e amizade - desta vez à volta da mesa - para contactar oportunamente o Presidente ou o Vice a confirmar a respectiva presença (altura em que serão informados do local e hora de encontro).

Como já é habitual e tradição da época natalicia, aos Companheiros que aderirem ao Almoço de Natal, além da boa disposição e apetite para o repasto, será obrigatório fazerem-se acompanhar do respectivo presente para a troca a realizar pelo "nosso" PAI NATAL (Bu).
Aguardamos pelos vossos contactos.
SAUDAÇÕES CICLOTURISTAS !
A Direcção.

26 outubro 2009

DIA 18 DE OUTUBRO DE 2009



Nesta manhã de Domingo, apesar das nuvens que pairavam no céu e da aragem fresca que se fazia sentir, umas horas a pedalar em grupo não era "programa" para se recusar ou trocar. Infelizmente, por "isto" ou por "aquilo", os companheiros do "Giro do Mar" deram-se à perguiça !

Assim, quáse que poderia decalcar aqui a crónica relativa ao passado dia 04. Isto porque compareceram em Miramar sete cicloturistas - sendo cinco deles os que habitualmente formam o "grupo das quartas-feiras" e os dois "outsiders" : o BU e o escriba destas linhas. Ou seja, precisamente o mini-pelotão do passado dia 04 de Outubro.


Ora, as prespectivas iniciais deste "passeio" foram também iguais à do passado dia 04 : ia ser bem "animado", como veio a suceder...


Saímos de Miramar e - por obra divina, sabe-se lá - o Nelinho, logo ao passarmos na Aguda, teve um "furo". Naquele "pára e não pára" a que se seguiu, os dois "outsiders", quáse em ritmo de passeio, dando até para colocar a conversa em dia, foram indo... enquanto os restantes cinco (os mais "rodados", onde se incluia a Lady Paula - pronto, já falei em ti, espero que baste...) ficaram a resolver o contra-tempo.


O certo é que os dois "fugitivos" foram percorrendo quilómetros, vindo a ser "apanhados" um pouco à frente de Esmoriz, precisamente num local onde o terreno mais inclinava e onde o BU já "suspirava" pelos "mimos" do Natas ou do Nelinho, ou mesmo até do Fernando ! Claro está, que a conversa para os dois "outsiders" terminou aqui. Todo o "folgo" era pouco para dispender com o pedalar !


O "andamento" foi, a partir daqui, bem "animado", nunca menos de 35 kms/hora, pelo que a chegada à "Ponte da Varela" foi em horário de TGV. No que me respeita e decerto ao BU, muito nos valeu aquele "aquecimento" inicial em "velocidade de cruzeiro". No regresso passamos de novo na "Rotunda de Ovar", subindo em direcção à Feira - desta vez sem qualquer objecção do BU - num ritmo constante e sem dar tempo "a olhar a paisagem", de tal modo que acabamos a subida a pedalar a 30 kms/hora, com o BU na frente. Tal e qual...


Tomamos a direcção da variante do Europarque - neste momento, a surpresa do "passeio" - o BU arrancou na última subida, ao chegarmos a Rio Meão, de tal forma que obrigou todo o grupo a arregaçar as mangas para lhe seguir na roda, menos a "nossa" Lady Paula (afinal, voltei a falar em ti...), que sentindo um pouco o andamento levado até ali, fez a "corda esticar" por alguns metros... Único responsável : o BU.


Depois de refeito todo o "grupo", fomos "apanhar" a EN 109, um pouco antes de Paramos, seguindo até Miramar, mantendo-se o ritmo "animado" e a excelente "perfomance" do BU, ao ponto de "picar" até nos terrenos mais inclinados, como na zona da Granja, em que mais uma vez a Lady Paula (lá diz o ditado, não há duas, sem três..., voltei a falar em ti), fez "esticar a corda" por alguns metros... Único responsável : o BU.


Como figura do "treino", terei que destacar o BU, por tudo o que atrás ficou explanado, levando até o "grupo das quartas-feiras" (com a excepção da Lady Paula, como é óbvio - afinal, ainda voltei a falar em ti - mas como são pai e filha, lá hão-de "acertar as contas"...) a manifestar a sua satisfacção no comportamento demonstrado pelo nosso eterno "camisola amarela". Há muito tempo que não o viamos a pedalar com tamanha "garra" e tão boa disposição.


Chegamos a Miramar com cerca de 80 kms, numa média a rondar os 32,00 kms/hora. Apre ! Depois deste "passeio", até dispensei a "caminhada familiar", programada para a parte de tarde. O sofá já "chamava por mim" !


Para o próximo Domingo, tendo em conta a alternancia verificada no número de presenças em Miramar, espero um pelotão mais "recheado" de companheiros do "Giro do Mar". Assim o tempo o permita, pois as minhas últimas "pesquisas" no campo das previsões da meteorologia não são nada animadoras... A ver vamos ! ULTREYA !!!


SAUDAÇÕES CICLOTURISTAS !

23 outubro 2009

DIA 11 DE OUTUBRO DE 2009


Nesta manhã de Domingo - dia de eleições autárquicas - o tempo estava bem agradável para umas pedaladas em grupo, quiçá para descontrair do stress causado pelas "injeções diárias de campanhas eleitorais" e até pela indecisão que decerto ainda pairava no espirito de cada um sobre quem escolher para tomar o leme das respectivas Junta de Freguesia e Câmara Municipal, durante os próximos quatro anos.
Depois deste pequeno introito - quáse a rondar discurso politico - em Miramar, compareceram 11 companheiros do "Giro do Mar" e dois amigos (um, a convite do Armando "Enfermeiro", e outro, "pescado" durante passeios anteriores).

A partida foi serena, mas logo que tomamos a EN 109, a seguir à Granja, os habituais "rebocadores" tomaram a frente do grupo e os "ponteiros" dos conta-quilómetros aproximaram-se de imediato dos 30/35 kms/hora. Abaixo disto, só mesmo a "descer"...

O destino foi a "Ponte da Varela", sempre em bom ritmo - o que fez, desde logo, "gemer" um pouco o "amigo" convidado pelo Armando. Fizemos o regresso pelo mesmo caminho, mas desta vez, em dois grupos. Sucedeu que ao passar pelo "nosso" pelotão um outro da "concorrência", a "força de atração" funcionou de imediato. Mas, parte dos companheiros do "Giro do Mar" descuidaram-se ao reagir e a divisão do grupo foi fatal. Neste momento, face aos companheiros "descuidados" a tarefa de "saltar" para a frente coube ao Zé Maria e ao escriba destas linhas.

Quando já se avistava a "Rotunda de Ovar" fomos surpreendidos com a "chegada" ao grupo (o dos descuidados) do nosso companheiro Roger - que havia adormecido, depois de uma noite de insónias (vai-se lá saber o motivo...) - tendo ainda dado a sua "ajudinha" nos últimos quilómetros até à junção com os restantes companheiros. Sendo ainda de referir que o vento contra que se fazia sentir não ajudou em nada nesta tarefa, pelo contrário...
Após refeito o pelotão, subimos em direcção à Feira - quando demos pela "falta" do Armando "Enfermeiro" e do amigo (que decerto havia sentido o esforço dispendido na recolagem aos companheiros da frente) - cortando depois pelo "Europarque", passando por Rio Meão, até encontrarmos de novo a EN 109, antes um pouco de Paramos.
Chegados a Miramar, depois de percorridos cerca de 80 kms, numa média (já quáse normal) de 29 kms/hora, cumpriu-se mais um bom "treino". Um pouco mais tarde, acabaram por chegar o Armando "Enfermeiro" e o amigo, a precisar de aparecer mais vezes, pelo que aqui fica o "aberto" o convite !
Como figura a destacar neste dia - e aqui ficam as minhas maiores desculpas públicas por tão grave falha - terei que referir o companheiro ANTÓNIO, que estava de parabêns, pois havia celebrado mais um aninho de idade, na vêspera, ou seja no Sábado. Assim, mesmo estando já "fora de horas", aqui ficam os PARABÊNS de todos os companheiros do "Giro do Mar", com desejos de muitos anos (pelo menos enquanto fizer a "figura" do BU) a pedalar no nosso grupo.
SAUDAÇÕES CICLOTURISTAS !

07 outubro 2009

DIA 04 DE OUTUBRO DE 2009

Nesta manhã de Domingo - o primeiro de Outubro - as condições climatéricas não estavam bem definidas, pois as nuvens cinzentas eram bem visiveis, apesar do "tempo quente e abafado" que se fazia sentir.


Terão sido estas ameaças de chuva que "assustaram" os companheiros do "Giro do Mar", já que apenas compareceram em Miramar sete cicloturistas. Notou-se bem a diferença da semana passada. Tal como referi na crónica anterior, aquela manhã foi uma "boa excepção è regra". Lamento..., mas como diz o "povo" : só fazem falta os que cá estão !

Dado o "potencial" de cinco dos companheiros presentes (o denominado "grupo das quartas-feiras") previa-se um "passeio" bem "animado". E, assim, foi...

Saímos de Miramar, com um ritmo inicial "calmo" mas que após a passagem pela Granja, logo aumentou a pedalada, quando os "rebocadores" habituais tomaram a frente do grupo.

A direcção tomada foi a "Ponte da Varela", com regresso à "Rotunda de Ovar", subindo em direcção à Feira - com o habitual "voto contra" do Bu - passando pela variante do Europarque, "apanhando" a 109, um pouco antes de Paramos, seguindo até Miramar.

Com a excepção de alguns "amuos" do BU, prontamente sanados com os "mimos" do Natas, do Nelinho e do Fernando, nos "pontos" mais inclinados, o "passeio" acabou por ser excelente. Foram percorridos cerca de 80 kms, numa média a rondar os 30 kms/hora.

Oxalá que na próxima semana, o grupo aumente em número de companheiros. A verdade é que com um pelotão "variado" a animação é sempre mais diversificada.

SAUDAÇÕES CICLOTURISTAS !

01 outubro 2009

DIA 27 DE SETEMBRO DE 2009

Nesta manhã de Domingo (último de Setembro) - dia também destinado para cumprir mais um dever civico - os companheiros do "Giro do Mar" compareceram em grande número - nada menos de dezasseis - marcando igualmente presença dois amigos, daqueles que "nem precisam tocar à campanhia", já que são sempre bem vindos : o Gouveia e o Wagner !


Um "saravá" (ao jeito do Vinicius) para o "nosso" Dr. Varandas pela sua presença neste "convivio", pois há muito tempo que não nos presenteava com a sua sempre agradável companhia. Desejo que este regresso seja para se manter mais assiduamente. Afinal, tem estatuto de "fundador" do "Giro do Mar".

Com um pelotão de 18 cicloturitas - quiçã um número recorde para um treino - partimos de Miramar já passavam das 09.30 horas, havendo ainda que socorrer o Carlão que foi vitima de um furo ainda antes do tiro de partida. Nada que não se resolvesse "num abrir e fechar de olhos" com a pronta ajuda de dois ou três companheiros. Este contra-tempo ainda beneficiou o Tico (El Contador), que se encontrava "recolhido" no WC às voltas com uma indisposição de última hora.

O grupo avançava bem animado - perfilando dois a dois - em direcção a Sul, tomando a dianteira os "rebocadores" de serviço. Ao longo do passeio o pelotão foi crescendo com a colagem de um grupo de "rapazes" (juvenis e cadetes) e de mais alguns cicloturistas que rolavam na mesma direcção. De repente, as camisolas do "Giro do Mar" ficaram rodeadas de outras cores, formando-se um pelotão com mais de duas dezenas de cicloturistas.

Com um pelotão deste tamanho, o ritmo de pedalada foi aumentando, pelo que houve sempre o cuidado de recolocar os companheiros mais atrasados na forma para o meio o grupo. Neste trabalho de ajuda e com o tal espirito de grupo que sempre deve prevalecer tenho que referir o Maia, o Nelinho, o Natas, o Ferro e até o amigo Gouveia. Bem hajam, assim vale a pena fazer parte do "Giro do Mar".

O destino do passeio foi tomando o rumo da "Ponte da Varela", mas na "Rotunda do Furadouro", os companheiros mais atrasados na forma, formaram um mini-grupo de quatro e "cortaram" pela "Mata de Ovar", percorrendo assim menos quilómetros e num ritmo mais pausado.

Os restantes companheiros do pelotão - já sem os "estrangeiros" que se haviam colado - tomaram a direcção da "Ponte da Varela", regressando à "Rotunda do Furadouro" pelo mesmo caminho e cortando pela "Mata de Ovar" - que se revelou uma péssima opção, pois o piso está muito mau - vindo a "apanhar" a 109 na zona de Esmoriz, seguindo até Miramar.

Tratou-se de um agradável passeio que decorreu de forma sempre animado, com os habituais sprintes nas "metas volantes" e "pontos quentes", sendo de realçar o tal espirito de grupo que se fez sentir. Assim, vale a pena.

Como "figuras" do treino, permitam-me referir o regressado Dr. Varandas e os dois Amigos Gouveia e Wagner, estes pela sua fácil integração no grupo. Ficando ainda uma nota para o "azarado" e "felizardo" do treino : o BU, pois se por um lado teve o azar de ir ao chão (apanhou uma duna de areia ao entrar na "Rotunda de Anta"), teve a sorte de apenas sofrer uma pequena escoriação. Ainda chegou a assustar os companheiros que lhe seguiam na roda, dado o aparato da queda. Felizmente, nada de grave !

Quando o "grosso" do pelotão chegou a Miramar, com cerca de 80 kms percorridos, numa média a rondar os 30 kms/hora, já tinha igualmente chegado o "quarteto" formado pelos companheiros que não foram até à "Ponte da Varela".


Foto de Familia do "Giro do Mar" (falta o Dr.Varandas, que seguiu directamente para casa)



Mesmo tendo consciência que o número de companheiros presentes nesta manhã de Domingo foi uma excepção à regra, devo confessar que são nestes momentos - tais como as "Clássicas de Fátima", os almoços de Natal, as idas a Santiago de Compostela (mesmo não tendo participado), etc - que sinto que vale a pena continuar a pertencer ao grupo do "Giro do Mar". Obrigado a todos os companheiros por partilharem este espirito de grupo e de companheirismo, à volta de um amor comum : as BIKES.
Até Domingo próximo, pelas 09.00 horas, em Miramar !
SAUDAÇÕES CICLOTURISTAS ! ULTREYA !

"GIRO DO MAR" EM SANTIAGO DE COMPOSTELA



Numa das Quartas-feiras, do passado mês de Setembro, um "quinteto" de cicloturistas do "Giro do Mar" cumpriram uma etapa entre a cidade do Porto (Areosa City) e Santiago de Compostela.
Apesar das dificuldades com que o grupo deparou - temperaturas altas, forte vento "contra" e sem qualquer apoio móvel - o objectivo foi cumprido.


Os cinco "peregrinos" do "Giro do Mar"

Como gesto de saudação e de felicitações a todos os companheiros que inseriram este grupo aqui fica publicado este pequeno item. ULTREYA !
SAUDAÇÕES CICLOTURISTAS !

25 setembro 2009

DIA 20 DE SETEMBRO DE 2009


Nesta manhã de Domingo, com o tempo a convidar para umas pedaladas em grupo, compareceram em Miramar 13 cicloturistas do "Giro do Mar" e um convidado "especial", pois tratava-se de um pequeno amante das bikes, com apenas 14 anos de idade - o Renato.


Dos companheiros presentes, uma ressalva para o Carlão que, desde a realização da "XI Clássica Miramar-Fátima", não pedalava com o grupo.


A saída de Miramar foi - como habitualmente - sem destino bem definido, mas em direcção a Sul. O grupo foi tomando posições de dois a dois, dando uma imagem interessante e organizada de um mini-pelotão. Foi bonito de ver...


O nosso Vice, dando pela presença de um cicloturista - o Renato - que fisicamente (altura de tronco e pernas) pouca diferença fazia da sua pessoa, logo se apressou a fazer dupla com o "benjamim do grupo". Finalmente, encontrara no "Giro do Mar" uma bike do tamanho da sua... Mas, a satisfacção e felicidade do nosso Vice não durou muito tempo, já que este duo no regresso a Miramar nunca se formou... o Renato é pequeno, mas pedala como um grande !



Sempre com bom ritmo de pedalada e mantendo-se o grupo unido, o passeio foi decorrendo com boa disposição de todos os companheiros. Os "homens do leme" apontaram para a Ponte da Varela e o grupo seguiu-lhes na roda.


Ao atingirmos a rotunda em frente à Ponte da Varela, alguns companheiros (5) - o "grupo das quartas feiras" - resolveram tomar o rumo de Estarreja, pelo que o "pelotão" ficou reduzido a 8 cicloturistas do "Giro do Mar" e ao amigo Renato.
O regresso a Miramar foi feito pela "mata de Ovar" sempre em boa pedalada, apesar do grupo ter ficado "desmembrado" dos habituais "rebocadores". Depois da subida de Anta, em Espinho, houve um grupo de companheiros que decidiu não aguardar pelos mais lentos na subida, o que originou uma divisão do pelotão em dois grupos - são os tais comportamentos que tenho de reprovar, pois o tempo de espera não foi tanto assim e o espirito de grupo deixa de existir. Enfim, deve ter sido do cheiro a Mar... ou de algum assado !
A chegada ao ponto de partida - em três grupos - teve lugar pelas 12.00 horas (os dois primeiros) e pelas 12.30 horas (o grupo das quartas feiras), sendo percorridos cerca de 80 kms, numa média de quáse 29,00 kms/hora, isto no diz respeito aos dois primeiros grupos de cicloturistas. Quanto às "feras"... desconheço.
Perante as circunstâncias descritas na segunda parte do passeio, ou seja a partir do momento em que uma parte do grupo resolveu separar-se, recuso-me a indicar a "figura do treino", já que o tão desejado - pelo menos pela minha pessoa - espirito de grupo que deve existir e permanecer nos encontros do "Giro do Mar" foi esquecido por alguns companheiros.
Apenas fica uma palavra de amizade para o Renato com desejos de que mantenha ao longo da sua vida esse gosto pelas bikes (nem que seja apenas como cicloturista) e simultâneamente um pedido de desculpas pelo mau exemplo que o grupo lhe deu no que respeita ao tal "espirito de grupo" e respeito pelos mais "lentos".
Até Domingo, em Miramar, pelas 09.00 horas.
SAUDAÇÕES CICLOTURISTAS !








17 setembro 2009

DIA 13 DE SETEMBRO DE 2009

Antes da habitual "crónica" venho saudar todos os companheiros cicloturistas. Espero que as férias em geral tenham sido boas para todos. Pelo que me respeita e depois de um periodo ausente deste espaço justificado pelo gozo de férias familiares com dias de muita praia, mar e Sol, bem findados com generosos repastos, é chegada a hora de recomeçar com as pedaladas em grupo.
Assim, no passado Domingo, com uma manhã bem agradável, compareceram em Miramar, dez companheiros do "Giro do Mar", para mais um passeio de bike.
O grupo "arrancou" pelas 09.35 horas, em direcção a Sul, mas sem destino definido. Os companheiros foram agrupando dois a dois, mantendo uma passada agradável de inicio de época, sempre acompanhada de descontraida converseta - motivos é que não faltavam : desde os 4-1 do Tetra-campeão ao Leixões, até aos meandros da aventura de cinco companheiros do "Giro do Mar", numa ida a Santiago de Compostela, na passada quarta-feira.
Procurando manter o grupo sempre reunido, por maioria, foi decidido tomar o rumo da Ponte da Varela, com regresso a Miramar pela mata de Ovar.
A "voltinha" correu bem, com todos os companheiros a demonstrar uma forma fisica apreciável - mesmo aqueles que "pararam" algum tempo - pelo que até uma tentativa de fuga encetada na zona de Espinho por um "quarteto" foi anulada ao chegar ao Horto de Miramar.
A chegada a Miramar foi por volta do 12.10 horas, sendo percorridos os cerca de 80 kms, numa média próxima dos 29,00 kms/hora. Nada mau !
Quero realçar o espirito de grupo evidenciado por todos os companheiros presentes, o qual gostaria que prevalecesse futuramente. É evidente que por motivos vários - diferença de idades, forma fisica, maior disponibilidade de treinos durante a semana, etc - há companheiros que têm ritmos de pedalada mais elevados em certos terrenos, nomeadamente, nos mais inclinados.
Contudo, como o DOMINGO é o único dia em que a maioria dos companheiros do "Giro do Mar" - senão todos - podem comparecer em Miramar para convivio em grupo, apelo aos mais "pedalados" que utilizem as suas perfomances em prol dos ainda menos "preparados". Assim, será possivel fazer prevalecer o espirito de companheirismo e de união que desde sempre foi a bandeira do "Giro do Mar". Conto com todos para manter este grupo num só pelotão !
Até Domingo, em Miramar, pelas 09.00 horas, para mais umas pedaladas em GRUPO !
SAUDAÇÕES CICLOTURISTAS !

06 agosto 2009

DIA 02 DE AGOSTO DE 2009

Apesar de se iniciar o mês mais predestinado a férias, neste primeiro Domingo de Agosto, compareceram em Miramar sete companheiros do "Giro do Mar" - sendo certo que ainda por lá "passaram" mais três, mas resolveram pedalar em "trio"...
Tiveram os companheiros presentes a grata surpresa da "visita" de três amigos do "Gil de Sousa" - o Zé, o Keita e o Nuno - que resolveram fazer o treino por estas bandas.
Ora, como forma de retribuir esta "visita de amigos", resolvemos delinear um percurso que servisse a ambos os grupos, pelo que tomamos o rumo da Feira, passando por Canedo, de forma a passarmos para o Porto pela Barragem, fazendo toda a margem do Rio Douro até ao Freixo, local de abraços e despedidas até um próxima encontro entre ambos os grupos.
Pela nossa banda, regressamos a Miramar, passando a Ponte de Luis I, percorrendo todo o cais de Gaia, Afurada, Lavadores, Madalena e Francelos - zonas um tanto perigosas nesta altura de praias... pelo que todas as cautelas foram poucas !
Chegamos a Miramar, com cerca de 90 kms percorridos e uma média de 27,00 kms/hora. Nada mau, pois grande parte do trajecto foi bem inclinado.
Como figura do treino, terei que referir o nosso BU, pela sua aderência ao percurso delineado (sabendo nós que gosta pouco de subir), bem como os companheiros Roger, Natálio e António, pelas suas preciosas e cruciais "ajudas", nos pontos mais criticos.
Uma palavra de "bem vindo de novo" para o Nelinho, que já começa a "cheirar a forma", após longo periodo de ausência e com o inerente aumento de uns quilinhos nas pernas.
Para finalizar, o nosso OBRIGADO e BEM HAJAM aos amigos do "Gil de Sousa" que nos visitaram, pois proporcionaram-nos um treino diferente e bem agradável.
SAUDAÇÕES CICLOTURISTAS !

17 julho 2009

AGRADECIMENTO AOS AMIGOS DO "GIL DE SOUSA"

Os companheiros do "Giro do Mar" que participaram no evento organizado pelos Amigos do "Gil de Sousa" - Clássica Valongo-Vila Real - que teve lugar no dia 12 de Julho de 2009, deixam neste "espaço aberto" o agradecimento conjunto pelos momentos proporcionados durante todo o convivio.
Tratou-se de um percurso bastante selectivo, pois os quilómetros percorridos foram na sua maioria em terrenos inclinados (bastante, em alguns "pontos"), culminando com a passagem pela Serra do Marão, antes de descer até à Vila de Sabrosa, no distrito de Vila Real.
Após cumpridos os mais de 100 kms de bike - durante os quais apenas houve o azar de um furo e o infortunio de duas quedas, felizmente sem gravidade - e já tomado o banho reconfortante, houve lugar ao aguardado repasto num restaurante local, onde foi servido o cabritinho assado no forno e outras coisas mais.
Como neste Domingo, o Fernando Maia - sempre repartido de amores pelo "Gil de Sousa" e pelo "Giro do Mar" - festejava mais um aniversário, foi brindado com a famosa opereta "Parabêns a Você" cantada pelas vozes inconfundiveis de todos os cicloturistas e amigos que participaram neste convivio, havendo até lugar a "repetição" !
O regresso a Valongo foi de autocarro fretado para o efeito, sendo os cicloturistas e amigos brindados com as cantorias relaxantes do Maranho Junior - um autêntico rouxinol na arte do karaoke em inglês... pena foi não ser possivel tirar-lhe as pilhas !
Tratou-se de um dia bem passado na companhia dos amigos do "Gil de Sousa" que, mais uma vez, nos receberam muito bem, partilhando assim uma amizade e camaradagem que se tem cimentado desde algum tempo ao redor da paixão comum que une os dois grupos - as bikes e a confraternização !
Bem hajam, AMIGOS !
SAUDAÇÕES CICLOTURISTAS !

06 julho 2009

27 DE JUNHO DE 2009 - "XI CLÁSSICA MIRAMAR-FÁTIMA"



Neste Sábado, assim que surgiram os primeiros "raios de Sol" e os ponteiros do relógio passaram pelas 5.00 horas, os companheiros do "Giro do Mar" participantes na "XI CLÁSSICA MIRAMAR-FÁTIMA", bem como os amigos que aderiram ao evento, saltaram do calor das alcofas, pois a hora combinada para o encontro em Miramar estava aprazada para as 06.30 horas.



Já diziam os "antigos" que o tempo é "amigo" de quem merece. E assim foi com os cicloturistas, pois o dia amanheceu ameno, sem ameaça de chuva, apesar do vento, ainda fraco, que já se fazia sentir de Sul - o que ao aumentar de intensidade não ajudaria muito...



Os companheiros do "Giro do Mar" e os amigos que aderiram a esta "Clássica", entre os quais constavam alguns companheiros do "Gil de Sousa", foram chegando a Miramar, até se formar um pelotão de 24 cicloturistas. Nada mau, para esta "XI" edição !


Depois de preparadas as "bikes" e controlados os abastecimentos, quer liquidos, quer sólidos, bem como as melhores "mezinhas" de cada um, para utilizar nos pontos mais "criticos" da "Clássica", lá se foi alinhando o grupo para cumprir a hora de partida - pelas 07.00 horas - antes que o Tino entrasse em stress !


Tiradas as fotos de ocasião, quer em solitário (com ou sem bike), quer em grupo (para os arquivos da Torre do Tombo), obtidas pelo repórter fotográfico da "casa" - o mano Rui - e por "paparazzis" infiltrados, deu-se a partida simbólica para a "XI Clássica Miramar-Fátima", não sem antes haver lugar ao canto dos "Parabêns-a-Você", pois a nossa Lady Paula festejou neste dia mais um feliz aniversário - prenda melhor não teria, decerto, do que pedalar ao longo de mais de 200 kms na companhia deste grupo !





Foto de Grupo (Cicloturistas e Amigos de Apoio)



Após as primeiras pedaladas e já com a rotação de pernas concluida, o grupo foi adquirindo o seu ritmo, alinhando os cicloturistas dois a dois, com os mais "bravos" a tomarem a frente do pelotão, pelo que a velocidade média depressa se foi aproximando dos 30 kms/hora, apesar do vento de Sul que pouco ajudava.





Sempre com o "carro de apoio" à vista - para aquilo que fosse preciso - o pelotão foi "comendo" quilómetros, sem nada digno de registo, a não ser a constante boa disposição de todos os cicloturistas.



Um pouco antes de Aveiro, o nosso grupo "apanhou" outros dois grupos que igualmente tinham por destino o Santuário de Fátima, pelo que a junção foi inevitável, sendo certo que os "bravos" do "Giro do Mar", bem apoiados pelos do "Gil de Sousa", não deixaram de tomar a frente deste agora bem alongado pelotão de cerca de 50 cicloturistas !




"Giro do Mar" na frente do alongado pelotão



Os ponteiros do relógio pouco tinham passado das 11.00 horas e a indicação da Figueira da Foz - considerada a rainha da costa de prata - já se avistava, de modo que depressa o grupo chegou ao local do abastecimento sólido, onde já se encontravam os familiares e dedicadas fás dos cicloturistas (apenas dos mais charmosos, como seja o escriba desta crónica...), que haviam saido de Miramar (cerca das 09.30 horas) em autocarro disponibiizado pelo "Giro do Mar" para o efeito.


Após devorados os farneis e retemperadas as energias - havendo até quem tivesse ganho uns miminhos extra das fás e admiradoras - lá avançou o grupo (já sem "estrangeiros" na roda) para cumprir a "segunda etapa" da "XI Clássica Miramar-Fátima".




O nosso Campeão "BU" em grande estilo...



Ainda com as barrigas um pouco pesadas do abastecimento sólido, o grupo demorou um pouco a reagrupar todos os elementos e a ganhar de novo o bom ritmo de pedalada, mas logo que tal foi conseguido, a indicação da cidade de Leiria depressa se avistou.



Chegados a Leiria, o grupo já bem animado e com ganas de começar a subir na direcção de Ourém, fez uma pequena paragem junto do autocarro, que entretanto foi acompanhando o pelotão, para reabastecimento de águas frescas - nesta altura já ninguém pede sais - e a toma de algum gel "milagreiro" recomendado pela D. B....




A partir daqui foi o cumprir da parte mais inclinada na "XI Clássica", onde se torna impossivel manter em grupo todos os cicloturistas, pois os ritmos de pedalada são dificeis de conciliar. Depois de passado o centro da cidade de Leiria, os "bravos" de imediato carregaram no pedal e cada um foi "apanhando" o seu ritmo para cumprir o objectivo principal - chegar ao Santuário !




A "Lady" do "Giro do Mar" em acção nesta "XI Clássica".


Cerca de um quilometro antes de se "entrar" na rotunda de Fátima - e como previamente fora combinado - os cicloturistas foram agrupando à medida que iam concluido a escalada final até se formar todo o pelotão, ou seja os 24 que partiram de Miramar.


Depois dos abraços de satisfacção pela odisseia cumprida trocados entre os cicloturistas e com o nosso BU na frente do grupo chegou ao fim mais uma Clássica - a XI - entre Miramar e Fátima, sendo percorridos os mais de 200 kms numa média muito próxima dos 30 kms/hora.



Chegados a Fátima e depois de bem acondicionadas as bikes no autocarro, foi chegado o momento dos banhos e massagens (aqui só para alguns... os mais cansados!) na "Residencial Paregrinos de Fátima", onde contamos sempre com a simpatia da D. Teresa e do Sr. Carlos. Bem hajam !



Já bem fresquinhos e cheirosos, na companhia dos familiares, os cicloturistas rumaram ao Santuário para o cumprir de promessas e orar as preces necessárias para "saldar" os pecados de cada um.



Reunidas as tropas em hora combinada, partimos de autocarro para a "etapa" final e mais aguardada por todos (cicloturistas e familiares), ou seja o repasto na Mealhada, que este ano teve lugar no "Virgilio dos Leitões".




Com uma Direcção sempre atenta ao bem estar dos companheiros do "Giro do Mar", amigos e familiares, foi só chegar, entrar e sentar, pois a reserva já estava feita antes de sairmos de Fátima.




Depois de devorados os leitões e acompanhamentos e vazias que estavam as garrafas (em número dificil de contabilizar) de bruto, ora branco, ora tinto, seguiu-se a já famosa e imprescindivel entrega de diplomas da Belocas a todos os cicloturistas participantes nesta Clássica.




Neste dia a nossa Lady Paula cumpria mais um aniversário, pelo que serviu de motivo para os companheiros do "Giro do Mar" a presentear com a "camisola rosa", simbolo da amizade e admiração que lhe dedica todo o grupo. Seguiu-se um novo cantar dos "Parabêns-a-Você", desta vez com a colaboração dos familiares, e o imprescindivel soprar de velas, rematado com um brinde à aniversariante.




Feitas as contas e saldadas as dividas, chegou a hora do regresso a Miramar, ficando cumprida a "XI Clássica Miramar-Fátima".


A Direcção do "Giro do Mar" agradece a todos os companheiros participantes no evento, pela sua postura e entrega durante toda a "Clássica", bem como aos familiares presentes. Um agradecimento "especial" à Lina e ao Gonçalo que constituiram o "carro de apoio" dos cicloturistas desde Miramar até Fátima. E, para finalizar, o nosso obrigado aos amigos do "Gil de Sousa" que participaram na "Clássica", os quais integraram facilmente no espirito de amizade e de companheirismo que rege o grupo do "Giro do Mar", pelo que terão para sempre a "porta aberta" na realização de futuros eventos.



SAUDAÇÕES CICLOTURISTAS !

25 junho 2009

DIA 21 DE JUNHO DE 2009


Nesta manhã de Domingo, com a temperatura que se fazia sentir e a brisa vinda de leste, seria de esperar que os companheiros do "Giro do Mar" optassem por uma ida até à praia. Contudo, apesar da pouca aderência que se manifestou em semanas anteriores, compareceram em Miramar doze companheiros dispostos a umas pedaladas em grupo.


Como estamos numa fase de preparação avançada - a "XI Clássica Miramar-Fátima" está aí à porta - a vontade do grupo era fazer um bom treino.


Assim, partimos de Miramar com destino a Estarreja, fazendo o percurso pela "Ponte da Varela", regressando a Miramar pela EN109, mas com um "pequeno" desvio pela Feira, passando pelo "Europarque", e voltando à EN 109, logo a seguir a Esmoriz. Tratou-se de uma etapa de cerca de 95 kms, a uma média de 30 kms/hora. Com as altas temperaturas que se faziam sentir e a constante passagem pela frente do grupo de autênticas "lebres", como o Tico (El Contador), o Natálio e o António, com o Fernando a "controlar" o Bu, alguém iria sofrer as consequências...

Logo à saida, ainda antes de chegarmos à Aguda, houve logo um contra-tempo com um furo na bike da nossa Lady. Depois de Esmoriz, e "por obra e graça" de um problema mecânico "perdemos" o companheiro Armando Enfermeiro, o qual para recolar ao grupo já na recta para a "Ponte da Varela" teve que "saltar" as emissoras todas do radio que levava consigo, para conseguir o "ritmo" necessário para o efeito. Só que o pior ainda estava para vir...

Chegados a Estarreja, com um ritmo um pouco mais calmo, graças às reclamações do Bu, deu-se mais um percalço mecânico com a bike da Lady, fácilmente resolvido pelo respectivo "cara-metade". Mas a partir daqui e com o Tico na frente do grupo, numa passada tipo TGV, as "baterias" do nosso Armando Enfermeiro ficaram completamente "cagadas", como dizia um outro, e confirmou-se a quebra total do "elástico".
Tratou-se de um bom treino, apesar de muito desgastante, tendo em conta o calor que se fazia sentir que nada ajudava - havendo até a necessidade de um reabastecimento de água - mas os ritmos de pedalada impostos na frente do grupo foram um tanto impróprios para um "cicloturista". Há que ter um pouco mais de sensatez com todos os companheiros que comparecem (mesmo com aqueles que aparecem pouco)!
Pelo comportamento menos próprio que um cicloturista deve adoptar perante o grupo, recuso-me a indicar uma "figura" que se tenha destacado durante este treino. Ou melhor, por toda a aplicação e esforço (até com algum sofrimento) que demonstrou, perante o "azar" mecânico e a incapacidade de acompanhar os ritmos TGV impostos pelo grupo, refiro o Armando Enfermeiro.
SAUDAÇÕES CICLOTURISTAS !

19 junho 2009

DIA 14 DE JUNHO DE 2009

Nesta manhã de Domingo, com as condições meteorológicas a "assustar" com algumas ameaças de chuva, compareceram em Miramar - ainda com algumas roulotes que restaram das romarias ao Senhor da Pedra - CINCO companheiros do "Giro do Mar" para mais umas horas de pedaladas e "conversetas".
Devo confessar que, dada a altura do ano e estarmos a duas semanas da realização da "XI Clássica Miramar-Fátima", este pequeno número de companheiros presentes não motiva muito, mas... talvez haja quem esteja a "esconder" os métodos de preparação !
Apesar de reunirem um pequeno grupo, os companheiros presentes rumaram até à Ponte da Varela, regressando pelo mesmo percurso, fazendo a subida até à Feira - aqui fomos ouvindo as habituais resmunguices do Bu - com prolongamento pelo Europarque, passagem por Rio Meão, desembocando na EN109 e tomando a direcção de Miramar.
Acabou por ser um treino agradável e bem ritmado em que todos os companheiros colaboraram na frente do grupo - até o António que compareceu bastante limitado do joelho (vitima da pouca ou nenhuma consideração do cerebelo) - tendo-se percorrido cerca de 90 kms, numa média final próxima dos 29 kms/hora.
Como figura do "passeio" terei que destacar o Bu (um campeão : da manha e do sprinte) e, claro, o já referido António, que mesmo limitado nas suas capacidades, não deixou de tomar a frente do grupo e marcar uma pedalada imprópria para qualquer BTT acompanhar...
Apesar de já ter sido referido em anteriores "crónicas" - mas talvez não seja de mais lembrar - agradeço aos companheiros interessados em participar na "Clássica" do "Giro do Mar", a realizar no próximo dia 27 do corrente mês de Junho (Sábado), devem confirmar a respectiva presença atravês do Presidente e/ou do Vice (assim, parece-te melhor Tino ?).
No próximo Domingo, para os companheiros interessados, o treino terá como destino a cidade de Aveiro, pelo que a partida de Miramar será - o mais tardar - pelas 09.00 horas.
SAUDAÇÕES CICLOTURISTAS !

10 junho 2009

PEREGRINAÇÃO A SANTIAGO DE COMPOSTELA

MEMÓRIAS DE UMA AVENTURA PEREGRINA A SANTIAGO DE COMPOSTELA

8 de Abril de 2009 - DIA 0 – Os preparativos

A aventura iniciou-se mesmo antes de começar. Desde a verificação das máquinas à argúcia de acomodar todos os haveres numa mochila, este foi um dia de expectativa. Se alguns dos aventureiros estavam munidos de alforges (ou seriam albergues?) outros, como eu, colocavam um sem número de pertences numa mochila às costas num espaço tão exíguo que só visto…

Consultando a previsão meteorológica, verificamos que o São Pedro queria dar um ar da sua graça, pois aguardava-nos algo parecido com uma rega, que acreditávamos, seria de água benta.

Mas o fulgor não esmoreceu. Esta era uma aventura que todos queríamos viver e que eu vou aqui tentar contar…

9 de Abril de 2009 – Dia 1 – A partida e a 1ª Etapa entre a Sé Catedral do Porto e a Pousada da Juventude de Ponte de Lima (100 Km)

Este dia, que teve início com o despertar entre as 5h30 e as 6h00 da manhã, conforme os fusos horários das casas de cada um dos participantes, contou com um prólogo entre a Areosa (maison dos irmãos Paula e Fernando Maia) e a Sé Catedral do Porto. Aqui depois da irmã Paula ter levantado e carimbado (o dos vários que viríamos a colocar ao longo do percurso) os passaportes e do agente Santana ter aberto o caminho, deu-se a partida por volta das 10h30.

Descendo a Rua Pouco Iluminada (mais conhecida por Rua Escura) lá fomos pedalando seguindo um sinal que jamais tínhamos visto – SETAS AMARELAS!!! De facto, nunca tínhamos vislumbrado sequer uma única seta inscrita nos muros, casas, postes de iluminação, enfim, por todo o lado tínhamos orientação artesanal do GPS, materializado numa seta de cor amarela pintada à mão. Sorridentes e confiantes, em grande forma (pois só tínhamos pedalado umas centenas de metros) seguimos o nosso desiderato, passando pela Praça dos Leões, rumo a Cedofeita, ultrapassando a Circunvalação, conquistando Matosinhos, Maia, Vila do Conde, Póvoa do Varzim, Rates, Barcelos e finalmente Ponte de Lima. De salientar que nos entre tantos fizemos a primeira paragem em Monte dos Burgos onde foi colocado o 2º carimbo na casa de bikes “Pato Cycles”.

Daqui, com pedalada firme, partimos até a segunda paragem técnica em Gião – Vila do Conde, onde tomamos o pequeno-almoço constituído por cafés, bolos, compais e outras coisas que tais. Aqui perto da confeitaria, colocamos o 3º carimbo na ourivesaria “Bibelô”.

Entretanto, na cabeça de corrida, seguiam indiscriminadamente quase sempre os mesmos – o irmão Maia, o irmão Natálio e os outros também, que a saber foram a irmã Paula, o irmão Quim, o irmão Ferraz, o irmão Fernando e moi même (irmão Paulo).

Entre o veste e despe impermeável, a chuva e o frio teimavam em nos acompanhar. Mas para estes “Bravos do Pelotão” até podia cair neve ou granizo, que nada nos detinha. Até que em Rates, colocamos o mais bonito dos carimbos (era já o do nosso pecúlio), numa pequena loja situada em frente ao albergue dos peregrinos. Uns metros à frente, eis que surge uma pequena capela enfeitada com uma bonita laranjeira que serviu de repasto para umas quantas laranjas que migraram para o “bucho” de cada um dos irmãos. Depois de uns momentos abrigados da intempérie em geral e da chuva em particular, a tentar encontrar um relógio que fora oferecido por um benemérito local, demos seguimento à nossa história.

Umas horas mais tarde, debaixo de um temporal, surge o 1º grande “galo” desta viagem, estávamos prestes a conquistar Barcelos. E aqui, depois de colocarmos o 5º carimbo na “Real Irmandade de Barcelos”, fizemos uma paragem técnica para nos abrigarmos da chuva, do vento e do frio e para além do espírito alimentarmos a barriguinha de cada um de nós. Assim, lá tivemos de dar cabo de uma bifana, regada com cerveja, coca-cola e água. Mas o nosso negócio não era restauração e com empenho e perseverança lá nos metemos ao caminho, juntamente com a nossa companhia deste primeiro dia de viagem – a chuva.

Muitos peregrinos irmãos fomos cruzando e ultrapassando, ora de bici ora a calcar terreno. Solitários ou em grupo, tal como nós, iam enfeitando com um colorido resistente estradas e caminhos em direcção a norte, sim porque norte sempre foi e será uma “Naçon”.

Onde é que eu já ouvi isto? Uns trajectos mais acessíveis e fáceis outros nem por isso, nada nos fazia travar o ímpeto. O destino era Ponte de Lima e mais nada… Até que cerca das 18h00, entramos na localidade de destino desta 1ª etapa e para comemorar o feito, uma das “burras” teve um percalço num dos “cascos”.

É verdade, o 1º furo, obra e graça do irmão Paulo, aconteceu em plena margem direita do Lima e a escassos metros do centro da cidade com o mesmo nome a seguir à “Ponte de”.

Mas o mais desejado estava para vir, a chegada à Pousada da Juventude que depois de uma ou duas avarias no GPS, lá a encontramos, mesmo ali à mão de semear. À entrada da Pousada, em pleno hall, encontramos um dos grupos que como “nosotros” tinham como objectivo chegar 2 dias depois a Compostela. Depois de negociarmos com os “Butragueños” a colocação das bikes no hall da pousada, sim porque não foi fácil definir o local onde as guerreiras “burras” enlameadas e irreconhecíveis iriam descansar desta jornada, rumamos para cada um dos quartos que nos estavam destinados. Fácil foi a definição dos ocupantes de cada uma das “camaratas”, que a saber contou com a seguinte distribuição: 1) o casal de irmãos Maia (terá havido sacrilégio durante a noite?); 2) o irmão presidente do Gil de Sousa (mais conhecido por Quim) e o irmão Ferraz; c) os irmãos Fernando e Paulo e por último, porque as tralhas transportadas nos alforges (ou seriam albergues?) eram muitas, o irmão Natálio ficou em descanso solitário.

Mas antes do descanso dos guerreiros, nada melhor que um excelente banho quente, que em média durou 15 a 20 minutos, onde depois de entrarmos vestidos para tirar toda a lama acumulada a que tivemos direito durante a etapa, saímos retemperados e bem vestidos!!! para o merecido repasto, no restaurante “O Gaio”, à luta com um arroz de sarrabulho e uns rojões à moda do Minho acrescido de uma travessa de tripas enfarinhadas (ou terão sido 2? ou 3?) e regadas com um tinto do Douro aquecido a 14 graus célsius ou “alcoólicus”?

Cerca de 2 horas depois, rumamos à Pousada para rapidamente fazermos uma pequena viagem nocturna de Ponte de Lima a “caminha” ou melhor dizendo, a “vale dos lençóis”.

10 de Abril de 2009 – Dia 2 – 2ª Etapa entre Ponte de Lima e Pontevedra (105 Km)

Depois de uma noite a recarregar baterias, a alvorada deu-se cerca das 7h30. De porta em porta, o irmão Maia distribuiu uns “genéricos” ups!!!, não foram genéricos, foram sim “Guronsan ”, “Voltaren ” que não faz mal nem faz bem e “Tramal” que não faz bem nem faz mal (chiu que pode andar por aí o CNAD), para que as mazelas do dia anterior e as que haviam de surgir não interferissem negativamente no desenvolvimento da odisseia. No entanto, numa das habitações, algo insólito terá acontecido.

Talvez devido a uma ruptura no tubo de ar comprimido de um dos irmãos Quim ou Ferraz, parece ter havido um ruído ensurdecedor. Entretanto o enigma despoletou! Terá sido o irmão Quim ou o Ferraz? O 1º não tem dúvidas, foi o 2º. Este por sua vez não aceita este prémio, encaminhando a autoria para o 1º. Com acusações mútuas, só a inquisição poderá dar um veredicto definitivo. Acontece que o irmão Ferraz é o único que declara não ter dado conta do temporal que aconteceu naquela noite, indiciando que o seu repouso foi total. Neste contexto, parece não haver dúvidas que a autoria da composição sinfónica, que teria reduzido à insignificância qualquer Ludwig van Beethoven ou Johann Christian BACH, será do irmão Ferraz (1-0 para o irmão Quim).

Mais tarde, já equipados, e depois de um pequeno-almoço ao ritmo do “Bom Dia Portugal” da RTP1, composto por leite, café, sumo de laranja, cereais, pão, queijo, fiambre, manteiga, compota e iogurte (fogo! Nunca mais acabava a lista de géneros!!!) partimos para a 2ª fase da viagem, não sem antes colocar no passaporte o 6º carimbo na Pousada e o na Irmandade de Santo António da Torre Velha. Depois de atravessarmos o Lima pela ponte que nos conduzia à Irmandade, cruzamo-nos com um grupo de betetistas de elite (até tinham carros de apoio) que de entre as várias palavras cruzadas, salientámos o seguinte comentário proferido por um jovem: “Oh pai, eles até levam uma mulher!!!”. Bem, oh miúdo, não se trata de uma mulher. Trata-se de uma Lady, a irmã Paula.

Minutos depois estávamos a caminho de Pontevedra, o nosso objectivo do dia. Entre o coloca e retira impermeável, estávamos a viver a etapa mais dura da aventura. Que nos perdoem as mulheres ou namoradas, mas fartamo-nos de “namorar” colinas acima.

De salientar que mesmo o casal de irmãos participantes neste desiderato, tiveram o seu momento afectivo com as suas companheiras (4 KTM, 1 SCOTT, 1 FOCUS e 1 BERG). Que lindo! Ao longo do intenso momento de autêntico culto ao Cúpido (qual dia de S. Valentim) lá fomos colocando umas pedrinhas testemunhando a nossa passagem pelos Caminhos de Santiago.

O café a meio da manhã, acompanhado de bolachas (as que sobraram daquelas que o irmão Maia deixou cair) foi tomado em Revolta – Labruja, freguesia pertencente a Ponte de Lima, onde foi colocado o 8º carimbo.

Minutos depois e após novo furo na KTM do irmão Paulo (e vão 2) arrancamos rumo à próxima localidade - Paredes de Coura onde colocamos os (Confraria de S. Bento da Porta Aberta) e 10º carimbos (Jaime António Sousa), não sem antes o pelotão se ter perdido do caminho certo e do irmão Paulo, que se atrasou na retoma do percurso e andou Kms na tentativa de se juntar à irmandade. Mas este percalço foi sol de pouca dura, pois após uma simples chamada telefónica (sim, porque nós somos peregrinos com acesso às novas tecnologias) rapidamente o grupo maravilha se completou no rumo e azimute certos. Mais acima, em Arão (Concelho de Valença), deu-se mais uma paragem técnica para uma “sandoca” de presunto e uma “bejeca”, aproveitando a ocasião para colocar o 11º carimbo em Valença, na Casa Silvestre Lopes Martins (Mercearia – Cafés e Vinhos). Imediatamente antes de chegarmos à Casa Silvestre, a irmã Lady (invejosa) teve de copiar o irmão Paulo e fez questão de furar. Vejam só!…

A partir daqui tivemos que dar corda (não aos patins) às rodas, lançando-nos aos caminhos de forma a chegarmos a Pontevedra ainda de dia. Não se tratava de tarefa fácil, pois para que conste, esta etapa foi tão dura que em 3 horas apenas tínhamos percorrido 15 Km (tanto tempo gasto a namorar!!!).

Mais uns metrinhos à frente e adivinhem quem furou? Acertaste! Como conseguiste? Sim, claro, fui eu (irmão Paulo). Cumpriu-se a velha máxima de que não há 2 sem 3 e o terceiro furo foi genialmente tratado pelo irmão Fernando Moreira, que com uma bomba genial de 150,00€!!!, apenas necessitou de 2 bombadas para tornar duro aquilo que tantas vezes fica mais mole do que… (parafraseando o Octávio Machado) “vocês sabem do que estou a falar”.

Bem. “Mas falemos de coisas bem melhores, a Laurinda Faz vestidos por medida, o rapaz estuda nos computadores, dizem que é um emprego com saída…”. É verdade. Este foi apenas um pequeno excerto de verdadeiras manifestações de talento musical (há canário!!) que o irmão Paulo, acompanhado do seu MP3, presenteou o grupo ao longo dos difíceis quilómetros que fizeram parte desta jornada. Até que cerca das 13h00, quando a irmã Paula decidiu imitar o irmão Paulo fazendo questão de furar, avistamos ao longe, não uma miragem nem o super-homem, mas sim um toldo vermelho que indiciava local de culto culinário. Sim, estava na altura de combater a “fomeca” que começava a “tolher” alguns dos peregrinos, pese embora a ingestão das sandes de rojão e batata feitas das sobras do jantar do dia anterior.

Eis que foram “deitadas abaixo” umas sandes de presunto solenemente regadas (mais uma vez) com cerveja e coca-cola. De referir que chegamos a temer que a congregação iria ficar reduzida a 6 elementos, quando a irmã Paula foi avistada já dentro do balcão do Silvestre. Mas não. Foi falso alarme. Embora convidada para ficar, a Irmã decidiu-se pela peregrinação, uma vez que o Silvestre não teria dinheiro para pagar a cláusula de rescisão do contrato. Assim, 30 minutos mais tarde, após um cafezinho (sem cheirinho), prosseguimos a nossa viagem. Mantendo as características anteriores, os percursos mantinham-se muito variados e duros, seja com pedras, lama, areia, alcatrão, paralelo ou água, tudo morria aos pés, ou melhor dizendo, aos pneus das gazuas que transportavam estes “mui” nobres cavaleiros.

Até que passamos a fronteira em Valença e passada a ponte entramos em Tuy, para aí colocarmos o 12º carimbo na Catedral de Cabildo. Quais “Armstrongs”, quais “Contadores”, venham eles…

É verdade! Enquanto o diabo esfregava o olho, passamos Porriño e Mos. No entretanto, a passagem pela zona industrial da “cuidad” de Vigo foi feita em velocidade vertiginosa, de tal forma, que senti, no mínimo 2 ou 3 flashes. Não! Não foram flashes dos radares ou dos repórteres fotográficos. Foram mesmo raios e coriscos mas nos músculos. Até parece que tínhamos o demónio no corpo.

Até que, num dos caminhos mais tortuosos que conquistamos, caracterizado pela pedra e a “descer” para cima, o irmão Natálio teve um desejo, embora tivesse dormido sozinho na noite anterior!!!! “Comia agora umas laranjas”, disse ele. Acontece que neste grupo nada é impossível e os desejos poder-se-ão tornar realidade com a maior das facilidades. Neste contexto, o irmão Paulo, na tentativa desesperada de satisfazer um dos seus “irmões”, apelando à Fé!!!!, fez surgir, em pleno caminho, um saco de laranjas, ainda embrulhadas em celofane, que fez questão de distribuir por todos, inclusivamente por irmãos de outras irmandades que como nós tinham como destino Santiago de Compostela. “E esta, hem?” É verdade, Fernando Peça não diria melhor! Ou seja, nesta peregrinação não se fez o milagre das rosas mas o das laranjas!!!, obra e graça do irmão Paulo. Vai daí e depois de saciada a sede com vitamina C, continuamos na conquista de quilómetros ultrapassando paredes e muros que se sucediam como de um calvário se tratasse. Foi mesmo duro!

Até que, a 20Km de Pontevedra, em Redondela, fizemos mais uma paragem técnica de repasto merecido. Lá tivemos de dar cabo de um “bocadillo” de chouriço e de uma caña, renovando e atiçando a vontade para os derradeiros Km desta etapa. Cheios de vontade (de chegar a Pontevedra), rapidamente alcançamos as localidades de Cesantes e Arcade, e assim, cerca das 19h30, entravamos em Pontevedra. O sorriso de satisfação e admiração apoderara-se de todos nós. É verdade. A cidade estava na rua, pejada de gente aguardando a apoteótica chegada do grupo dos irmãos da Irmandade Lusitana da Congregação Giro e Gil, sendo uma do Mar e outra de Sousa. Não queríamos acreditar! Tudo isto por nossa causa?! Mas não! Não era esse o motivo do aglomerado populacional. As pessoas aguardavam sim, mas a passagem da procissão. Mas tudo bem. Não ficamos com o prémio mas nada nos tira a sensação. Somos bons e “mai” nada (citando Fernando Rocha).

Até que, depois de alguns momentos de hesitação e de um percalço com um furo na “bici” do irmão Maia, profissionalmente resolvido por ele mesmo, seguimos caminho, atravessando a ponte e estacionando as bikes, completamente enlameadas e irreconhecíveis, numa das salas do Restante D. Pepe em Pontevedra. Mas aquilo que realmente ansiávamos com ansiedade era a visita ao outro lado da rua onde o restaurante D. Pepe dá lugar ao hotel com o mesmo nome. Huau!! Que grande banho (quentinho) nos aguardava. Entretanto, procedeu-se a alterações técnicas no que diz respeito à distribuição dos irmãos pelos quartos. Definitivamente, o irmão Quim, não desejava passar mais uma noite a ouvir o “roncar” dos motores (ou seriam protestos vindo do interior) do irmão Ferraz. Assim sendo, o irmão Natálio teve o privilégio de ter uma companhia nocturna inédita nesta jornada. Cerca de um banho depois, já quentinhos e arranjadinhos, outro pormenor ansiado desta jornada nos aguardava – o jantar que fora composto por um peixinho de 1º prato e uma carninha de 2º, abençoados por “viño”, “caña” e coca-cola e finalizado com un café “solo” depois de um tranquilizador “helado” de chocolate e baunilha.

Após o repasto, já recuperados da “fomeca”, decidimos dar um passeio subitamente interrompido a meio da ponte. É que não tínhamos feito mal a ninguém e preparávamos para andar uns quilómetros ao frio, quando o que verdadeiramente estávamos a precisar era de um verdadeiro descanso do guerreiro. E foi o que fizemos, não sem antes o irmão Maia ter decidido avariar a cama do irmão Fernando Moreira, após lhe ter dado uma volta de 90 graus. E disse avariar, porque as camas do D. Pepe eram articuladas, respondendo suavemente à acção de comandos eléctricos, permitindo descansar as pernocas colocando-as ao alto em grande estilo. E assim foi, noite dentro…

11 de Abril de 2009 – Dia 3 – 3ª Etapa entre Pontevedra e Santiago de Compostela (66 Km)

E fez-se luz, matinal é claro, pois eram já 8h00 da manhã e estávamos próximos de alcançar o objectivo traçado. Uns após outros ou vice-versa (não interessa para o caso), lá fomos saindo dos quartos em direcção à saleta do pequeno-almoço. Após uma breve batalha com sumo de laranja, café com leite, pão, fiambre e queijo, compotas, manteiga, bolos, cereais e outras coisas que tais, atravessamos a rua, sentindo nos rostos dos guerreiros consideráveis saudades das “burras”, após tantas horas sem “acasalamento”. A noite (das burras) não tinha sido muito tranquila, até porque, e uma vez mais, um dos cascos da “mula” do irmão Paulo não estava famoso. Entretanto, porque a gestão do material se impunha, optou-se pelo conserto (enchimento) em detrimento da substituição. Assim, e após mais duas carimbadelas do hotel e do restaurante Don Pepe no passaporte de viagem (foram já os 13º e 14º carimbos da jornada) lá seguimos para norte (sim, porque pessoalmente teria recusado caminhar para Sul… faz-me lembrar a Mouraria!!!).

De azulejo em azulejo ou se quiserem de vieira em vieira, raramente nos enganamos, tirando as vezes que erramos o caminho. Afinal, 66Km fazem-se de pernas às costas, embora aqui tivesse sido de pernas (e pés) aos pedais. Se tínhamos deixado para trás caminhos bonitos, estávamos a conquistar trajectos fantásticos. Cada quilómetro alcançado, fazia aumentar a nossa ansiedade em chegar à praça de Santiago.

O 15º carimbo foi colocado à passagem pela “Proteccion Civil (bombeiros) del Concello de Valga” que depois de umas fotos para a posteridade, lá nos deram a bênção para o que restava da pedalada.

E lá seguimos, colimas abaixo até lá acima ou montes acima até lá abaixo. De facto, ao 3º dia de peregrinação, toda a integridade intelectual e/ou física começa a não estar assegurada. Mas a caravana lá seguiu para que no seu passaporte ficasse registado mais dois testemunhos carimbados, o 16º com o timbre de Santo Tomás e o 17º com a chancela de Santa Maria de Carracedo. Havíamos alcançado as “Caldas de Reyes”.

Monte abaixo ou acima (como referido atrás), por estrada, caminho de ferro ou linha de água, as nossas “Bicis de todo el terreno” iam consumindo quilómetros atrás de quilómetros. Estávamos assim prestes a alcançar a última localidade de referência antes de alcançar a Praça de Santiago – Padron. Aqui, na terra dos famosos pimentos de Padron, colocamos os 18º e 19º carimbos, com a marca de Santiago de Padron e do Hotel Scala nos “Pazos” daquela ciudad.

A ansiedade aumentava e notava-se, no semblante dos cavaleiros luso-nortenhos a sensação da chegada e da tarefa cumprida e comprida para “carago”.

Até que, cerca das 13h30, eis-nos perante a catedral desejada. A nossa “peregrinação tinha chegado ao fim sem percalços de grande monta e sem lesões. Deitadas as “bicis” no chão, estavam estafadas, coitadas, seguiram-se abraços e manifestações emocionadas. Conseguimos!!!

À nossa chegada, tínhamos 3 companheiros de luta que não puderam participar directamente no evento, mas que foram fundamentais na concretização total desta aventura. A saber, foram os irmãos Tino, Vítor e Zé Carpinteiro, este por vezes alcunhado de “Zéporcointeiro!!!” que tiveram a missão, montados em duas “burras” da herdade Benz, de pura raça Mercedes, recolher bicis e aventureiros. A estes, o nosso agradecimento, pois fazer de bike o caminho de volta, não estava exactamente nos nossos planos. Assim, apenas faltava o derradeiro carimbo (nº 20) da catedral e recolher o diploma do feito. Cerca de 30 minutos depois, esperando numa fila (ou bicha se preferirem) a nossa vez, cada um de nós foi laureado com o “canudo”. Faltava apenas um banho retemperador, que após várias hesitações aconteceu num seminário. Fresquinhos, com vontade de regressar, lá nos pusemos a caminho do Porto. Pela primeira vez nesta aventura, as bicis ficaram em cima e os aventureiros em baixo… E lá vieram os BENZ estrada fora de regresso.

Foi o relato possível deste desiderato. Aos peregrinos, um sentido obrigado pela companhia e amizade. Foi um prazer partilhar convosco esta missão. Ao Tino, ao Vítor e ao Zé um enorme abraço, pois foi como se connosco tivessem partilhado esta aventura.

Saudações “velocipédicas”

Paulo Mota (Brother)


Notas:

1- O atraso na publicação desta crónica é da inteira responsabilidade do Tinus - Será da inveja por não ter participado?

2- As fotos estão colocadas de forma um pouco aleatória, mas destinam-se apenas a "embelezar" e mostrar as peripécias e as dificuldades que eles ultrapassaram.