Posto isto,
26 maio 2010
DIA 23 DE MAIO DE 2010
24 maio 2010
23 DE MAIO - O DESENCONTRO
Agora é oficial, o GIRO DO MAR dividiu-se em dois sub-grupos.
Um, o mais activo, saiu cerca das 09H15. A maior surpresa até foi a falta do café do Bu, mas enfim, é uma questão de hábito... O primeiro grupo saiu e deixou o António a calçar os sapatos!!!... A vontade devia de ser mais que muita!
O outro, o mais dorminhoco, saiu cerca das 09H35, com sete elementos, o Natálio, o António, o Roger, o Tino e os amigos Zé Maria, Zé Costa e o Wagner.
Após alguma espera (10 minutos) pelo Amigo Zé Costa, lá saiu o segundo grupo em direcção ao Furadouro/Ponte Varela/Estarreja, em perseguição dos "aflitos".
Apesar da excelente média realizada, não foi conseguida a desejável junção, e, mais estranho, chegou a Miramar antes do primeiro grupo. Enfim, com mais quilómetros realizados (cerca de 95 a uma média de 32,5 Km/h), ainda conseguiram o feito de chegar mais cedo... Só foi pena terem descarregado o Zé Costa e o Zé Maria, mas enfim, infelizmente já se torna hábito (falta saber até quando estes amigos/convidados vão continuar a aparecer)!!!
Elementos em destaque: O Natálio, sempre disponível para puxar. Um poço de energia, que só falha por não conseguir olhar para trás. E o Roger, que mais colaborou activamente com o Natálio a rebocar o grupo. Mas todos estiveram de parabéns, quer pela ajuda dada (António, Wagner), quer pelo espírito de sacrifício por todos demonstrado.
Agora as conclusões:
1º - Finalmente o Grupo decidiu ter e fazer cumprir horários. Vem de encontro às minhas pretensões, que não sendo exemplo para ninguém, até saí algumas vezes em solitário, farto das esperas e do não cumprimento dos horários (quantas vezes não foi cerca de 1/2 hora, já encharcado). Mas arranquei sempre em solitário, sem nunca tentar dividir o grupo, mas, em boa verdade, também nunca ninguém me quis acompanhar. Compreensível, primeiro está o Grupo e só depois os interesses (horários) particulares. Pelo menos até agora...
2º - Perante esta nova realidade, estou curioso em saber como irá decorrer a agendada volta a Fátima - Sairão todos ao mesmo tempo? Pararão todos na Figueira? Esperarão pelo menos preparados? Chegarão em conjunto? Chegarão todos?
A partir de agora tudo é legítimo, tudo é aceitável!
Perante esta nova realidade, e embora sempre ansioso pelas voltas em grupo, como alguém me disse recentemente, o que mais conheço são caminhos... e vontade também não me falta! Sejam quais forem as condições atmosféricas.
Em relação ao resumo da volta do primeiro grupo, aguardemos pelo relato do Presidente/Vice Presidente.
Abraço
19 maio 2010
DIA 16 DE MAIO - ROTA DE CANEDO...
Nada de especial, andamento único, FOI SEMPRE A ABRIR!!!. Depois da "separação", seguimos pela Feira, "dezassete", Lobão, Canedo, barragem, marginal e breve paragem no Freixo para despachar a família Maia!
Infelizmente, não bastando o Amigo Zé Costa, ainda se "perdeu" mais um elemento pelo caminho, o Amigo Zé Maria, o que é sempre de lamentar. Ma não o fizeram por mal, a verdade é que eles tem muita dificuldade em olhar para trás!... Vá lá que, do mal o menos, ficou muito perto de casa.
Pudera, com um andamento daqueles!!! Os tipos tem o Diabo no corpo!!!
Há que o dizer frontalmente - Aqueles tipos estão uns animais (para não dizer bestas) a pedalar.
Aqui o vosso escriva, farto de aturar o Mano Bravo e o seu empeno, já proximo do Freixo ficou a ajudar o Maia a rebocar a Lady (ai, ai, no que te estás a meter!!!). Não estando ainda satisfeito, aproveitou a paragem no Freixo para se por ao "fresco" e ninguém mais o viu.
Mas tinha as suas razões, já era tarde e, ainda não satisfeito, resolveu ir embora pela Calçada das Freiras. E também estava convicto que a rapaziada já não aguentava a subida e evitou ter de os sujeitar à vergonha. Ainda por cima não fazendo parte do grupo das "quartas-feiras" e já não andar de bike há 15 dias, seria muito forte o vexame. É mentira, teve foi medo de ter de ir no passinho deles e só almoçar às três da tarde...
Enfim, mais uma volta sem nada de especial, nada de novo, a pasmaceira do costume.
Malta, agora a sério. Vamos lá a começar a pedalar com mais vontade e empenho que Fátima está a cerca de um mês. E pelo que vejo, alguns ou se aplicam mais ou vão ter muita dificuldade em lá chegar em boas condições...
E não me refiro ao BU, que esse está para as curvas (e subidas), só não foi neste grupo porque alguns (receosos) começaram a melgar-lhe os ouvidos e ele foi na conversa...
Abraço para todos e até domingo, que felizmente já falta pouco.
17 maio 2010
DIA 16 DE MAIO DE 2010 - ROTA DA PONTE DA VARELA
Depois dos cumprimentos e abraços, bem como tomado o café oferecido pelo BU (para quem merece!), lá arrancamos de Miramar ainda sem destino bem definido, mas virando em direcção a Sul.
O grupo foi rolando, logo de inicio, numa cadência agradável (com uma ajudinha do vento de Norte) e aproveitando alguns companheiros para colocar as novidades em dia.
Apesar da presença de companheiros mais rodados e até de uns quantos ansiosos de "aquecer", depois de uma aventura enregerada entre Bragança e o Porto que tiveram a meio da semana, o grupo dos catorze cicloturistas foi-se mantendo unido e num bom ritmo de pedalada.
Depois da passagem por Esmoriz, abandonámos a EN109, virando à direita, tomando o caminho da Mata em direcção ao Furadouro.
Ao terminar o caminho da Mata, colocou-se a hipótese de dois percursos de treino : um, em direcção à Feira, subindo até Canedo, para descer até à Barragem de Crestuma, seguindo até ao Freixo, local onde seguiriram para a Areosa três companheiros da familia Maia (Pai, Mãe e Filho), regressando a Miramar os restantes, pela marginal e cais de Gaia ; outro, em direcção à Torreira (Ponte da Varela), com regresso pela mesma estrada, tomando a direcção da Feira, cortando pelo Europarque e regressando a Miramar pela EN109.
Para a primeira das alternativas seguiram (inicialmente) nove cicloturistas e pela segunda optaram cinco companheiros do "Giro do Mar".
Como o escriba desta crónica inseriu o grupo da segunda alternativa de treino, apenas farei referência às incidências deste percurso. Contudo, relativamente ao resumo da primeira hipótese de percurso, a respectiva crónica ficará a cargo do companheiro Tino, o qual inseriu o grupo e também colabora nestas lides da escrita.
Assim, voltando ao grupo que tomou a direcção da Torreira, depois da rotunda do Furadouro, para mantermos uma cadência certa, rolamos em fila indiana, passando pela frente do grupo, alternadamente, o escriba desta crónica e o nosso Vice, já que os restantes companheiros mantiveram-se na rectaguarda.
Depois de "dar a volta" em frente à Ponte da Varela e no regresso à rotunda do Furadouro, tivemos a companhia do amigo Zé Costa, que havia "abandonado" o grupo que seguira para os lados de Canedo, depois de, naturalmente, ter obtido a devida "autorização" do seu "mentor" - o Natas.
Conforme referiu o amigo Zé Costa, no percurso entre Ovar e o inicio da subida para a Feira, tirou logo as medidas aos andamentos de que ia ficar sujeito. De modo que, antes que lhe desiquilibrasse a "cambota", fez inversão de marcha e veio ao encontro de andamentos mais "cicloturisticos".
E, em boa hora o decidiu, pois ainda colaborou na frente do seu "novo" grupo, já que o vento soprava bem mais forte e de frente, quando apenas se mantinha a rotatividade do escriba desta crónica e do Vice, na frente do pequeno grupo.
No regresso à rotunda do Furadouro, tomamos a direcção da Feira, regressando a Miramar, pela estrada do Europarque e posteriormente pela EN109. O grupo foi colaborando no sentido de não ficar nenhum elemento para trás, dado que um dos companheiros menos rodados, depois de Esmoriz, começou a sentir a aproximação do "diabo da marreta".
Chegamos a Miramar com cerca de 80 kms percorridos e com algum desgaste acrescido pelo forte vento que "apanhamos" de frente, principalmente desde a Torreira.
Como figuras do treino, poderei destacar o BU, tal como tem sucedido nos últimos encontros, demonstrou estar em boa forma, aplicando os seus demolidores sprintes em pontos estratégicos. Igualmente saliento a presença do companheiro Fernando (Progado), que há muito se mantinha afastado do "Giro do Mar", sendo certo que mantemos a "porta" aberta para quem vier por bem !
Durante esta semana, todos os companheiros do "Giro do Mar" receberão um SMS com a indicação da data para a realização da "XII CLÁSSICA MIRAMAR-FÁTIMA". Desde já, agradeço a oportuna confirmação da presença neste tradicional evento, no sentido de facilitar as demarches necessárias a levar a cabo pela Direcção.
Até Domingo, pelas 09.oo horas, em Miramar.
SAUDAÇÕES CICLOTURISTAS !
07 maio 2010
SRP160 - ULTRAMARATONA BTT - 17ABR2010 (ROGER)
Apesar de não estar preparado para pedalar mais de oito horas em cima de uma BTT, pois nunca o tinha feito, não resisti a mais uma aventura e lá me inscrevi.
Este ano, fui intensificando uns treinos de BTT, tendo feito pela primeira vez mais de quatro horas com este tipo de bicicleta no “Passeio a Fátima”.
Apesar da aventura e o desconhecido não me assustarem, o meu único objectivo era terminar a Maratona. Confesso que na véspera da prova já sentia algum arrependimento por tamanha loucura, isto porque há quase uma semana que não dormia direito e pouco descansava, por motivos profissionais, acrescido ao facto de não parar de chover pelo que os campos estavam completamente alagados. Pedalar tantos quilómetros nestas condições, só mesmo para malucos. Eu seria um deles.
Saímos do Porto no dia anterior, ao final da tarde, chegando a Serpa pelas 23H00. Depois de levantados os “dorsais”, dirigimo-nos para o Hotel, sempre acompanhados da chuva.
Chegado ao hotel e ao preparar o material para a prova, tive a primeira contrariedade, só tinha uma câmara-de-ar e estava sem bomba. Esta “falta” podia ser um pretexto para desistir, mas como já tinha dito a meio mundo que ia fazer o “SRP160”, o orgulho não me permitiu que desistisse. E lá fui eu.
Sai do hotel pelas 6H30 e para não variar, persistia a chuva. Mas ainda antes da partida, marcada para as 8H00, o tempo começou a melhorar, o que aumentou o ânimo geral.
Mas mal entrámos nos trilhos em terra, apercebemo-nos que, apesar do acumulado desta prova não ser muito alto, iríamos ter muita dureza pela frente. Os pneus colavam-se ao solo, era lama, lama e mais lama. Mesmo em plano tínhamos que fazer uma força constante. A bicicleta não embalava (palavras de Vítor Gamito, que viria a ser o primeiro a cortar a meta). A juntar a isto, os inúmeros riachos tinham-se transformado em ribeiros. Alguns deles com água, lamacenta, que nos chegava à cintura.
Quando não era a água eram as poças de lama, que se agarrava à corrente, aos travões, enfim….. Em algumas delas as rodas ficavam enterradas e os sapatos desapareciam.
Recordo-me que tentei passar um riacho com cerca de 1,5 metros montado na bicicleta, mas a roda da frente ficou enterrada até ao guiador, tinha mais de um metro de profundidade. Isto até estava ser divertido, não fosse um furo na roda traseira ao quilómetro 17 e ficar sem a única câmara-de-ar suplente, o que poderia inviabilizar os meus objectivos de chegar ao fim.
Apesar do furo ser grandinho, lá guardei a câmara-de-ar (como faz o BU) não fosse preciso colocar um remendo ! Reparado o furo lá seguimos pelos trilhos, quer dizer, pela lama.
Gostei particularmente da passagem nas abandonadas minas de S. Domingos onde as cascatas originadas pelas recentes chuvas davam um aspecto de certa forma dantesco ao cenário, mais parecendo um cenário do filme MadMax... e ainda de uma escola primária plantada no cimo de um planalto onde em redor só se avistava a vegetação verde (mais pareciam campos de golfe).
Imagens marcantes do profundo Alentejo
Um single track bem enlameado
A passagem por mais um ribeiro
Um dos poucos "pontos secos" do percurso
Eu, a bike e o Alentejo
Em terrenos mais inclinados
A hipótese de não aparecer na zona de abastecimento, como estava estipulado, levou-nos ao desespero, motivo que nos levou a “rebocar” um colega de profissão que rolava sozinho e que possuía aquilo que para nós era precioso: uma câmara-de-ar.
Deste modo, seguimos os três desde o quilómetro 90 até à meta, sem problemas de maior. Quer dizer, o conta-quilómetros do André deixou de funcionar, perdeu uma pastilha do travão da roda traseira da bike, o nosso camarada de ocasião ficou sem poder engrenar o prato pedaleiro mais pequeno e a minha suspensão resolveu bloquear. Mas lá fomos pedalando a bom ritmo até à meta.
A entreajuda, a superação e a persistência dos desafios, fazem com que cresçamos mais um pouco como pessoas e como desportistas. Venha o próximo !