GIRO DO MAR: VILA NOVA DE GAIA-FÁTIMA EM BTT (ROGER)

Até hoje, não fiz qualquer alusão aos eventos em que tenho participado, sendo certo que já foram alguns. Aderi sempre com o espírito de aventura e de superação pessoal. E se nos tempos de vida militar me dedicava ao atletismo, com o avançar da idade comecei a despertar para a bicicleta. Entretanto, em boa hora, conheci os AMIGOS do “GIRO DO MAR”, com quem vou aprendendo alguma coisa sobre esta modalidade desportiva.

Mas, passando aos últimos eventos em que participei, destaco um passeio VILA NOVA DE GAIA-FÁTIMA, realizado em BTT, por um grupo de AMIGOS que a meio de um jantar, já devidamente bem regado, decidiram apostar em participar em tal loucura.

E como nestas alturas fala mais alto a carga etílica que a consciência, dezasseis etilizados decidiram selar a presença em tal evento, apesar de alguns deles não andarem de bicicleta desde a adolescência.

No dia seguinte à realização do referido jantar, logo se manifestaram alguns arrependimentos, mas como mais vale partir que ceder, lá vieram ter comigo para que lhes pudesse dar um plano de treino e também alguns conselhos, para não faltarem ao apostado.

Assim, no dia 6 de Abril de 2010, pelas 05H30, lá fomos chegando ao local do encontro, em Canidelo – Vila Nova de Gaia, pois o dia adivinhava-se longo.

Depois de tirada a respectiva foto de “família” e de muita “tremideira”, talvez resultante do frio que se fazia sentir, lá iniciamos a nossa aventura.

Nos momentos que antecedem a partida convém confirmar o abastecimento

Grupo dos Bravos

Com o Sol já bem alto e ainda muitos quilómetros para pedalar

Depois de umas forçadas idas ao mecânico e “embalados” pela música que nos acompanhava, tocada pelas rajadas fortes de vento que fustigavam as costas dos mais mal preparados e ainda pela boleia de duas “esbeltas” cicloturistas, fomos rodando a uma média de 21/22 kms/Hora. Passadas que estavam cerca de 7 horas de “peregrinação”, lá chegamos à Figueira da Foz, para comermos qualquer "coisa".

Duas "esbeltas" cicloturistas de ocasião

Na falta do BU lá tivemos que ir ao mecânico

Esperem lá ! Eu disse: “tragam qualquer coisa que seja leve para comer” e não é que apresentam um merendeiro composto por um tacho de esparguete com carne, broa, cervejas, maçãs e outros alimentos realmente apropriados para estreantes !!! Claro que só saímos dali depois do prato vazio e bem repostos os líquidos perdidos.

Convém encher bem os pratos, para não repetir.

Amigos: a dispensa está vazia !

Como podem calcular, reiniciadas as pedaladas, com alguns elementos já sem qualquer sensibilidade nas “zonas criticas do corpo” (mataco e afins), um deles resolveu mandar cá para fora o que tinha ingerido em excesso e já nem com as “rajadas” de vento se conseguia manter em cima da bicicleta. Para ele, sem ter cedido, acabou por partir e acabou ali a aventura.

Depois deste percalço, o grupo lá foi rolando em velocidade cruzeiro de 19/20 kms/Hora, com as persistentes rajadas de vento daqui e dali, chegando a FÁTIMA, passadas que estavam 12 horas e 30 minutos, após a partida de Vila Nova de Gaia.

Há que sorrir para a fotografia

Já falta menos de metade.

Estava a indicar a direcção do Santuário a um homem do Norte !

Após um reconfortante banho e confessados os pecados, lá seguimos até à Mealhada, para saborear o prestigiado leitão e repostos que estavam os líquidos, apostamos em fazer um outro desafio, que de momento não quero revelar.

E foi desta forma que passamos mais um dia de partilha, sofrimento e acima de tudo cimentar a AMIZADE que nos une. OBRIGADO A TODOS.